quinta-feira, 31 de março de 2011



Geralmente publico apenas artigos meus, mas gostei tanto deste que mendaram pelo Orkut que resolvi coloca-lo aqui no meu espaço, quem não o conhecia, vale a pena Le-lo e refletir sobre o assnto. Desconheço o autor.

“Acho a televisão muito educativa. Toda vez que alguém liga o aparelho, vou para outra sala e leio um livro”. (Groucho Marx, 1890-1977) Onde o amor floresce Onde o amor floresce Existem vidas que transmitem grandes lições. Quase sempre são criaturas que não são famosas, nem por serem artistas, políticos, ou terem realizado feitos que alteraram o destino da humanidade. São pessoas que vivem o dia-a-dia, junto a outras tantas. Geralmente poucos lhes lembram os nomes. Recentemente, num documentário televisivo a respeito do holocausto, ouvimos a história de uma jovem polonesa e seu drama, durante a segunda grande guerra. Quando Hitler invadiu a Polônia e iniciou a perseguição aos judeus, sua família viveu alguns meses, escondida em um porão. Descobertos, contudo, foram separados e ela nunca mais viu seus pais ou teve notícias de seus irmãos. No campo de concentração, onde foi colocada, ela padeceu os maiores horrores. A comida era pouca, o tratamento rude. As companheiras enlouqueciam. Ou eram mortas. Ou se matavam. A essa altura, o repórter perguntou à entrevistada se ela nunca pensara em se matar. "Sim," disse ela. "Mais de uma vez. Quando o frio era muito grande, a fome parecia me devorar e eu não via perspectiva de salvação. Mas, nesses momentos, lembrava de meu pai." Logo que fomos para o porão nos ocultar dos nazistas, ele me disse um dia: ‘filha, aconteça o que acontecer, nunca fuja da vida. Resista até o fim.’ E me fez prometer que jamais eu desistiria de viver. Quando os aliados foram vitoriosos, a jovem, e mais 4000 mulheres foram obrigadas a uma marcha forçada pelos alemães, em fuga das tropas aliadas. Finalmente, um número muito pequeno delas, que não haviam morrido no longo trajeto, foram abandonadas num campo de concentração e encontradas, mais tarde, pelos americanos. Aquelas mulheres estavam desnutridas. Algumas sequer podiam se erguer, tal o estado de fraqueza. Ela mesma, confessa, tinha dificuldades para andar, pesava 30 e poucos quilos somente. E não tomava banho há 3 anos. O seu tempo de aprisionamento. Então um oficial americano, muito bonito se aproximou dela e a tomou nos braços, carregando-a até um caminhão. Durante o trajeto ele foi lhe dizendo que ficasse calma, que tudo daria certo, que ela receberia o socorro necessário. Cinqüenta e oito anos depois, frente às câmeras de televisão, ela e o marido mostravam a alegria de sua união. Bom, o marido não era outro senão o jovem oficial americano que a encontrou magra, suja, desnutrida e a carregou nos braços, naquele dia distante. Ela não somente teve a sua vida salva naquele momento, sendo resgatada de uma situação de penúria, como encontrou o seu grande amor. Um amor que atravessou meio século e continua tão forte e especial como nos dias do início namoro. Um amor que foi concebido ao final de uma hecatombe, e em que o primeiro encontro foi num ambiente de dor, miséria moral e intenso sofrimento. Ele era o jovem robusto, vigoroso. Ela, uma esquálida jovem, pouco mais que adolescente, sofrida e quase sem esperanças. Deus tem mesmo inimagináveis caminhos para encontros e reencontros de almas que se desejam unir pelo amor. *** Se os dias lhe parecem demasiado pesados, com sua carga de problemas, não desista de lutar. Se você está a ponto de abandonar tudo, espere um pouco. Aguarde o amanhecer, espere o dia passar e deixe o sol retornar outra vez. Quando você menos espera, o socorro chega, a situação se modifica, a problemática alcança uma solução. Não se esqueça: o amor de Deus nunca falha! Aguarde.

quarta-feira, 23 de março de 2011


Adeus Liz.
J. Norinaldo.

Tenho plena certeza não serei o único a chorar escondido, a morte da atriz Elizabeth Taylor, escondido é claro por que chorar por alguém que nunca vimos pessoalmente, ou mesmo que se por ventura tivéssemos esse privilégio, seria de longe, pois tentar chegar perto de uma estrela de tal quilate, com certeza pode custar muito caro; pode-se com isto assinar para si mesmo um diploma de ridículo. Talvez não chore por ela, a atual Elizabeth, mas aquela que conheci quando ainda era menino e ia cedo as matinês para trocar gibis. Quem nunca se encantou com seus belos olhos cor de mel, com a opulência dos seios lindos, com aquele ar de rainha? Quiçá chore mais pela distancia desses momentos vividos e os atuais, quando a maioria dos meninos que tem hoje a idade que tinha naquela época, sequer sabem o que é uma matinê ou um gibi.
Choro talvez pela cavalgada do tempo, numa só direção e sem direito a retorno, choro a decadência do cinema, e com ela também se foi o romantismo e a indecência inocente do escurinho do cinema, quando se roubava o primeiro beijo da namorada.
Elizabeth não foi uma pessoa comum, um mortal como outro qualquer, mas daqueles que mesmo depois da morte, continuam vivas e com a idade que querem lhe dar, ainda a veremos correndo e rindo, com aquele sorriso inesquecível, que talvez a mortificasse agora já sem ele, e nem a exuberante beleza que a tornou imortal. Fica uma certeza: na cavalgada do tempo não existem privilégios, os cascos da montaria, marcam tudo o que pode ser marcado. Fica o exemplo para aqueles que usam a beleza como arma, sem lembrar que uma rosa pode ser muito mais bela que uma pedra, que enquanto sua beleza é efêmera, a feiúra da pedra é eterna.
Vi na festa última do Oscar, mais um dos meus ídolos, mesmo tentando mostrar o contrário, tenho certeza que não tem tanta certeza de estar presente ao próximo, e foi ai que vi que para aqueles que não tentam enganar o tempo com imagens do passado, este também não perdoa, quando fui levantar da poltrona no final do programa, tive a certeza disto.
Mesmo assim, deixo aqui minhas condolências, para todos aqueles que como eu, se encantara com Liz aos 20 anos, até por que ainda estamos aqui para chorar, mesmo que escondidos, na sua triste despedida.