domingo, 26 de dezembro de 2010


Eu e Bararella.
J. Norinaldo.
No dia 25 de Dezembro, portanto no dia de Natal, assisti a um filme, não é sempre que faço isto, mas minha mulher avisou-se que passaria este e que talvez eu gostasse. Muito bem, assisti se gostei ainda não sei pela simples razão de não tê-lo entendido muito bem, não o filme, mas a mensagem que sempre procuro em cada película que assisto. Mas, o que quero relatar aqui é o seguinte: outro dia, encontrava-me na fila do banco que era bastante extensa, quando alguém bateu em meu ombro e disse: o senhor pode ir para aquela fila ali, que está bem menor, olhei e era a fila dos idosos. Senti-me muito mal, agradeci ao jovem, e permaneci atrás dele. Ainda não me acostumei, ou a ficha ainda não caiu que já estou fora do prazo de validade, o que às vezes causa-me desagradáveis surpresas. Muito bem, falava do filme, e foi este que realmente mais uma vez me fez lembrar do tombo da tal ficha. Começou o filme, e como havia me retirado da sala em busca de um cafezinho, não tive oportunidade de ver o elenco anunciado no início, mas assim que surgiu uma senhora, uma dessas que chamam na melhor idade, a reconheci e tomei um susto; pois ela fazia o papel de avó da Toda Poderosa, que era uma jovem revoltada, filha de uma mãe bêbeda.
Barbarella, não a jovem revoltada, nem tampouco sua mãe chegada a um porre, mas sua avó, isto mesmo, sua avó era Barbarella. A toda poderosa Jane Fonda, escolhida para o não menos poderoso papel de Barbarella, aquela que transava por telepatia. Assisti a este filme num cinema de Botafogo no Rio de Janeiro, lembrar que foi num cinema até foi fácil, o nome nem tento, lembro que a última vez que estive naquele bairro, o tal cinema virara Igreja e hoje já não sei mais o que é. O pior, é que para mim isto foi ontem, só vi que realmente fazia mais tempo, quando num intervalo do tal filme de agora, fui levantar-me da poltrona para ir novamente tomar mais um cafezinho e vi o trabalho para sair da confortável posição em que me encontrava.
Interessante que antes do filme, minha mulher assistia ao Show do Rei e no final dizia: Meu ídolo já não é o mesmo. Fui para a cama pensando: Por que não deixam pensar que tenho a idade que acredito que tenho? Por que alguém te que me mostrar que até os ídolos ficam velhos? O que será que sente a Jane Fonda se alguém lhe aponta a fila dos idosos num banco? E o que sente você quando alguém se oferece para ajudá-lo atravessar a rua, ou lhe oferece o lugar no ônibus? Confesso sinceramente que não me sinto bem.
Como dizia Pedro Nava: “A velhice deveria chegar uma semana antes da morte”.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010


Sua Excelência o Palhaço.
J. Norinaldo.

Titirica ou Sua Excelência Tiririca é mais um bom exemplo da importância que o brasileiro dar a política e aos políticos. O Deputado Federal mais votado no país é comprovadamente analfabeto, tanto que teve que passar pelo constrangimento de provar que sabe ler e escrever, alguém com essa bagagem poderá influir e até criar leis que regem o ensino neste país. Por ser palhaço nada contra, já que temos tantos em nosso congresso, e que na verdade é muito melhor um palhaço que um ladrão, os dois juntos não dá para agüentar, mas na verdade é o que temos engolido, ser roubados e continuar rindo, já que o povo brasileiro é muito alegre e para ele o importante mesmo é um bom carnaval.
Precedentes já existem, portanto nas próximas eleições quem sabe um domador, um engolidor de facas, já existem alguns no Congresso, porém enrustidos, uma mulher barbuda e ai o circo fica completo. Nem tanto, se não elegermos um dono para o circo, pois atualmente manda mais quem fala mais alto e aparece mais nas telinhas.
Por falar em diplomação, vejo aqui que o Paulo Maluf também foi diplomado, se for esperto entra na Justiça pedindo o arquivamento de todos os seus processos, pois afinal a própria Justiça acaba de limpar a sua ficha. Zerada, é o que consigo entender pela tal de “Ficha Limpa” tão pregada antes das eleições.
Afinal alguém pode me dizer: Durante muitos anos, escolhemos homens cultos, inclusive professores da Sorbonne para gerir nossos destinos e o nosso patrimônio, e no que deu? Ai, elegemos um torneiro mecânico cujos diplomas ninguém sabe, ninguém viu e o que vemos no final de dois mandatos? Aprovação nunca vista antes neste país.
O que adianta passar a vida estudando, ou fingindo que estuda adquirir um monte de diplomas, assim como outro dia vi várias pessoas com ensino superior em São Paulo, numa fila para se inscrever e concorrer a uma vaga de Gari, agora ver alguém sem diploma nenhum receber o primeiro salário de mais de 27.000,00 Reais?
Como será que sentiram as outras Excelências com a chegada do Palhaço para diplomação? Numa coisa garanto que pensaram: Esse cara pode até não saber ler nem escrever, mas escolher ele sabe e muito bem, é só olhar na companhia em que chegou sua Excelência.
Talvez agora o circo esteja completo, e o Brasil tem o Congresso que merece, ou pelo menos está no caminho certo de conseguir tal intento.
Feliz Mandato deputado, e não se esqueça de olhar pelo ensino no Brasil, pois este também está um caos, tente lutar para que os tantos palhaços que continuam no picadeiro da vida, possam ter pelo menos uma lona sem buracos, que seus filhos possam estudar com dignidade, e que quando alguém resolver filmar as cenas do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, sejam cenas de um passado que não voltará jamais.
Interessante, agora que me toquei, falei tanto em analfabetismo durante o meu texto, se alguém vier a lê-lo deverá pensar: Que direito tem esse cara de malhar alguém analfabeto? Não é essa a minha real intenção, na verdade bem que gostaria muito de ter estudado, mas a vida não meu chance. Agora estou em dúvidas, pintar a cara e sair por ai fazendo gracinhas, seria bem mais fácil e rentável. Estou certo ou errado?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010


Pedofilia e Internet.

Em 1964, eu era camelô numa cidade do Espírito Santo, tinha na época 17 anos, não tinha namorada e mesmo naquele tempo namoro não significava ter relações sexuais, no máximo algumas carícias hoje consideradas ridículas por meninas muitas vezes com 10 anos. Certa vez chegou a minha banca uma menina que não conhecia muito bonitinha e que tinha 12 anos, olhou algumas mercadorias, de repente olhando para todos os lados me disse baixinho: Se me der essa corrente, eu deixo você fazer coisas comigo. Após o susto, perguntei que tipo de coisas. A menina que dias depois fiquei sabendo fazia essas mesmas coisas já há algum tempo, e com adultos, relutou o tempo todo e não me disse que coisa pretendia fazer em troca de uma corrente de alumínio que imitava ouro. Dizia apenas: Você sabe.
Há pouco tempo, e num estado bem longe dali, também numa cidade do interior, estava parado em frente a uma casa de tintas, enquanto um sobrinho comprava algo, aproximaram-se da minha camionete duas meninas, talvez com menos idade do que aquela do passado, uma delas se debruçou na janela, de maneira que seus minúsculos seios ficassem totalmente a mostra e disparou a proposta: Tio! Está afim de um programa? Já nem um pouco assustado, perguntei: Que tipo de programa? E num linguajar digno de profissionais do sexo ela explicou:
Se quiser o pacote completo, 25 Reais pra cada uma temos um local totalmente seguro, já que não podemos ir para um motel. E para saber como andam as coisas, e ainda por cima tendo uma coluna num jornal local, insisti: Poderia definir esse pacote? E ai sim veio o susto.
Em fim, não houve programa nenhum, saíram me xingando por tem feito perder tempo, e claro tempo é dinheiro na prostituição.
Bem. Segundo informações a Internet transmitiu suas primeiras letras em 1970, o caso que narrei acima aconteceu bem antes, a menina acima não possuía a dialética fluente e influente, na divulgação do que desejava vender, as atuais além da dialética e desenvoltura na propaganda, usam ainda de manhas que excitam mesmo antes de qualquer contato físico, e que tem levado muitos incautos ao suicídio, a desmoralização perante a sociedade, ou mesmo alguns anos na prisão.
Teria sito a Rede mundial de computadores a culpada por esta mudança? Seria a Internet a culpada pela pornografia infantil no planeta, ou ela apenas veio mostrar uma chaga que purga na humanidade desde os primórdios da vida na terra? Os Efebos da antiga Grécia, qual teria sido a participação da Internet, Icar, e de uma maneira geral?
Não quero aqui dizer que a Internet é totalmente inocente nos casos atuais, facilita sim, agora se eu tenho uma filha e tenho condições de lhe dar um computador, jamais vou deixar de fazê-lo por conta disto, pois a Internet pode ter pessoas e tem muito mal intencionadas, mas também não podemos negar que é uma fonte inesgotável de conhecimento e cultura. O que não faria, era colocar esse computador em seu quarto, munido de Web Cam ligado a Rede mundial.
Há pouco tempo, o Jornal para o qual escrevia, recebeu e publicou a denúncia de uma mãe de uma menina de 14 anos, que um ex -namorado havia colocado fotografias de sua filha na Rede que podiam ser consideradas eróticas. Dias depois se via na Rede um vídeo de certa duração em que a menina demonstrava uma performance de fazer corar algumas atrizes de filmes pornôs.
Antes de ser lançado na Rede, o filme foi feito, a Internet apenas o divulgou. Na verdade era uma menina de 14 e cinco homens, adultos. Vários crimes, apesar de correlatos, prática de sexo grupal com uma criança, divulgação do fato por um meio global de comunicação. Todos processados e sujeitos as penas da lei, menos a menina que parecia muito feliz durante a filmagem, e devia estar mesmo.
Sempre fui contra o que não me levará a ser indicado a nenhum prêmio Nobel de moral, pois este seria o procedimento de qualquer pessoa de bem, depois de várias denúncias em minha coluna sobre prostituição infantil, cheguei à terrível conclusão que nada mais estava fazendo, que prestando um grande serviço aos pedófilos, fornecendo o endereço dessas pobres meninas, pois somente eles compareciam aos locais em busca do manjar que alimenta a loucura e a tara.
Agora vejo o resultado de uma CPI, apesar de que esta sigla em nosso país tem tão pouco significado, ou apenas um, e mais uma vez vejo que assunto trata apenas de um lado da moeda. Sinceramente não acredito em nenhum resultado prático.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


A Morte
J. Norinaldo.

A morte em minha opinião, e a defenderei até que alguém me convença do contrario, nada mais é que a vingança de alguém, de quem? Não sei, e às vezes chego a pensar que também não quero saber, nem vir a conhecer esse alguém tão poderoso. Hoje eu vi a morte de perto, minha cadelinha Pitucha, 13 anos dormindo na minha cama, me acordando quando gritava em pesadelos, me fazendo carinhos até quando eu não queria. 13 anos de amor, Amor mesmo, sem nunca reparar se eu era bonito ou feio, se às vezes sua ração mudava de paladar por que eu não tinha dinheiro para comparar uma melhor, ou mesmo quando em seu pratinho achava apenas alguns ossos, nunca demonstrou insatisfação ou revolta.
De repente acorda triste, começa a cair pela sala e se arrastar atrás de mim, mesmo sem recursos no momento, fiz de tudo, quase o impossível para salvar minha amiga, que foi piorando a cada minuto, e nos últimos momentos uivou de dor durante horas com a cabeça colada ao meu rosto. Nos estertores finais pedi que se alguém pudesse deixar minha amiga por mais algum tempo eu ficaria imensamente agradecido, e ai talvez para mostrar o seu poder, esse alguém, após o último suspiro da minha amiga, eu desesperado lhe fazendo massagem no coração e pedindo: Não me deixa querida, por favor, tudo parou, mas de repente sinto seu peito oscilar e ela voltou a respirar novamente, e de repente sinto que existe alguém que me ouve, que ainda sou digno de ser ouvido.
Fiquei de vigília durante duas horas, até que novamente começaram os espasmos e numa cena horrível minha amiga se despediu para sempre. E ai me veio à idéia da vingança. Por que teria sofrido tanto aquele animalzinho que não tinha nenhum pecado cometido? Talvez o recado fosse para mim, que tantos já cometi, e muitos outros cometerei enquanto não chega minha hora de uivar para satisfação de alguém.
Estaria certo Arthur Shopenhauen na sua primeira visão de mundo? Estou perguntando por que não tenho certeza, a dor da perda de um ente querido com certeza é a maior de todas, e ainda por cima é para sempre, não há nem como pedir para que a saudade seja enterrada junto, pois isto acarretaria justamente o esquecimento, portanto a saudade é a dor da lembrança dos bons momentos.
Já soube que alguém disse o seguinte: É isto que acontece com quem não tem filhos, agora ficar chorando por uma cadela que morre. Gostaria de dizer a este alguém que lamento não ter tido filhos, não por opção, mas que faz algum tempo recebi a notícia que uma amiga que conheci muito jovem, havia sido assassinada pelo filho drogado, por quem ela chorava, por ter escolhido este triste caminho. Não que todos os filhos matem seus pais, com um tiro na nuca como foi este caso, porém muitos os matam de tristeza e aos poucos.
Escrevi este texto ainda sob o impacto da dor, talvez venha a me arrepender mais tarde, sei lá, mas acredito que existe vestibular no Brasil, pela incompetência do país de propiciar universidades suficientes a quem tem direito de cursá-la, assim penso da morte, falta de planejamento. Aja visto que ninguém planeja uma empresa tendo nos seus estatutos o seu fim.
Faço sempre esta pergunta a mim mesmo e até hoje não consegui arquitetar uma resposta convincente: O que será que pensou Deus, quando acordou com a explosão de Hiroshima?


domingo, 28 de novembro de 2010


Diógenes Contemporâneo
J. Norinaldo.

A coluna de Claudia Laitano do Jornal Zero Hora, “Parelman e o Subsolo” Fez-me relembrar e muito Diógenes, o filósofo cínico da antiga Grécia. Segundo rezam as lendas, Diógenes vivia como mendigo, morando em um barril e tendo como bens apenas: Uma túnica, um alforje ou embornal para pão, uma bengala e uma tigela, e que andava de dia com uma lamparina acesa dizendo procurar um homem honesto e virtuoso, naquele tempo imaginem. Outra Igualmente famosa é sua história com Alexandre, o Grande, que, ao encontrá-lo, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para Alexandre, disse: "Não me tires o que não me podes dar!" (variante: "deixe-me ao meu sol"). Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: "Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diogens.
Como disse em sua coluna Claudia Laitano, nós os leigos, provavelmente jamais teriamos tomado conhecimento da existencia do matematico Gregory Parelman se ele não tivesse recusado o premio de US$ 1 milhão oferecido pelo instituto Clay de matemática por ter resolvido, em 2003, a Conjectura de Poincaré, formulada pelo matemático francês Jules Henri Poincaré no início do século passado, e até então sem solução. Sem sequer receber os jornalistas que tentaram entrevistá-lo, não abrindo a porta do seu apartamento infestado de baratas em São Petersburgo, Parelman disse o seguinte: “Tenho tudo que preciso” segundo Claudia, uma vizinha contou que tem em casa apenas, uma mesa, um banquinho, uma cama e um lençol deixado ali pelos antigos donos.
Prefiro me resguardar quanto ao conhecimento de quem por acaso venha a ler a minha coluna, talvez todos já conheçam, tanto Diogenes, Jules Henri Poincaré assim como nosso cínico Parelman.
Quanto tempo duraria Gregory Parelman num cargo de alto escalão em Brasília, Como tesoureiro de algum partido? alguém se arrisca resolver essa conjectura formulada por mim aqui e agora? Não vale dizer que seria expurgado por causa das baratas, por que ratos em Brasília é o que não faltam. Diogenes acredito não teria a mínima chance, de acordo com seus pertences supra citados não existem meias nem cuecas, portanto...

Guerra no Rio de Janeiro.
J. Norinaldo.


O que ocorre atualmente na cidade do Rio de Janeiro não é novidade principalmente para quem sempre foi refém do crime organizado, que sempre fez o que quis num estado desorganizado. Morei em Duque de Caxias por muitos anos, no Bairro 25 de Agosto, no alto do morro que dava para a cabeceira do Aeroporto Tom Jobim, ou Galeão, todos os aviões que chegavam aquele aeroporto, passavam bem por cima da minha casa, inclusive o Concordy, lembra dele? Um belo dia recebi a visita de uma amiga médica, e quando conversávamos animadamente, tivemos que interromper o papo, pois era a hora que este belo avião fazia estremecer toda minha casa. Ela apavora perguntou: _ Como consegues viver num lugar assim? E eu lhe respondi: já nos acostumamos. Foi ai, que ela me disse: _ledo engano meu amigo, vocês estão é ficando surdos. Isto vem ocorrendo há muito com o crime no nosso país, não só estamos surdos, como cegos.
Como disse acima, morei por 16 anos nessa cidade, que amo e admiro por sua beleza e pelo comportamento dos seus filhos. Ouço muito das autoridades que o crime deve ser combatido pela raiz, e a esta são dados os nomes de fome, miséria, má distribuição de renda etc. O que na verdade nunca ouvi falar, é que a raiz de tudo isto que está acontecendo no Rio de Janeiro, cujo inimigo público número um é o traficante, e é uma realidade, mas e o usuário? Onde entra nessa lista de culpa? Pois na minha imensa ignorância, passa o seguinte: não havendo usuário, não haverá traficante, por esta dedução é claro, jamais serei indicado para nenhum Nobel de inteligência.
Acompanhando os últimos acontecimentos, felizmente de bem longe, vejo as autoridades proclamarem o apoio da sociedade a ação do estado na recuperação de territórios ocupados por décadas por criminosos; isto talvez por que, locais esquecidos pelo estado e adotado pelo crime. O que é preciso dizer é que: Sr. Secretário de Segurança, sociedade do Rio de Janeiro, assim como existe uma grande torcida para que esta cidade recupere a paz e o controle total da situação; seria total hipocrisia negar que também existe uma grande torcida pelos bandidos, pois sem estes a garotada e alguns dos seus pais se verão privados do pó de cada dia.
Acabar com todos traficantes, não significa acabar com o problema, pois sem estes, os usuários assumirão com rapidez os seus postos, pois não conseguirão ficar sem a droga que os domina. Quantos pais estão contra o estado por esta ação? Pois quanto maior é a repressão, mas inflaciona o preço do produto que ele vem pagando para seus filhos e muitas vezes para si próprio.
Os traficantes estão ricos sim, mas não fabricam dinheiro, ainda. Este é oriundo de mesadas fartas, ou de assaltos a pais de famílias, trabalhadores e aposentados, que muitas vezes garotos bem nascidos, cuja mesada já não é suficiente, partem para o crime para poder alimentar o vício, que é chamado de doença, e drogados, viciados, criminosos por vezes da pior espécie, são tratados a pão de ló, com o dinheiro dos meus impostos, que nunca usei droga.
E ai, alguém pode perguntar: Por que os meus filhos e não o seu? Por um motivo bem simples, eu não os tenho, e para dizer a verdade, não me sinto tão infeliz por isto. Se todo este alvoroço é por causa da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas que talvez seja nessa cidade, por que as autoridades já não começam a estudar um plano para que seja sempre no Brasil tais eventos? Que em minha opinião não passa de um elefante branco, ninguém fala do exemplo da última Copa realizada num país há pouco devastado pela miséria, o racismo, onde foram construídos estádios monumentais, restou somente um problema: times para neles jogar.
Não havendo bola, dificilmente haverá futebol, não havendo quem queira cheirar, ninguém vai fabricar cocaína, por exemplo, pra fazer tapioca. Quantos bilhões de Dólares movimentam essa indústria macabra, e quantos são usados dos nossos impostos para tapar o sol com a peneira.
Não estou aqui defendendo traficantes de drogas, estou apenas mostrando por que são traficantes, se fizessem isto para me vender seu produto, e se não soubessem fazer outra coisa, com certeza hoje não empunhavam armas sofisticadas contra o estado, pois já teriam morrido de fome há muito tempo.

O que vai na bolsa das mulheres.
J. Norinaldo.
Existem tantos homens preocupados com o que as mulheres carregam nas bolsas, isto não é novo, eu também não sou, e já ouço esta conversa faz muito tempo. Interessante como ouço poucos homens comentarem sobre estudos desenvolvidos em nosso país e fora dele, que revelam que 80 por cento das mulheres nunca tiveram um orgasmo, que a maioria mente, por vergonha ou por timidez, quando ouvem das amigas histórias de gozos homéricos, para não dizerem o inferno que realmente vivem, mentem e talvez estejam apenas engrossando o número de mentirosas? Por que será que a maioria dos homens com quem tento este assunto, ou fogem dele, ou dizem que suas esposas nunca reclamaram do seu desempenho sexual? Ou que talvez as mulheres estejam mais preocupadas com o que levam na bolsa do que com tal assunto?
Interessado no segundo item ,comecei a minha própria pesquisa, na qual sou muito suspeito para dizer que tenho obtido algum sucesso nesse campo, primeiro pela idade, segundo e com muito peso, nasci desprovido da beleza de consumo, essa que é vista de longe, sem necessidade de nenhuma averiguação profunda. Tenho levado alguns foras, assim como tenho ouvido muita mentira, sem condições de filtrá-las devidamente, vou juntando o que me parece viável no meu entender.
Minha curiosidade era antiga, mas tomei coragem para começar essa estranha investigação, a partir de um fato que narrarei aqui: Uma amiga muito íntima, que conheci ainda menina, chegamos a ter um namoro, dos mais inocentes que conheço, lembro-me que cheguei a pegar a sua mão, mas nunca rolou um beijo. Bem, ficamos afastados por muito tempo, e quando nos encontramos no Rio de Janeiro, ela havia casado, com um rapaz muito bonito, com uma situação financeira estável, moram numa boa casa, carro do ano, na bolsa não sei o que carregava, mesmo por que esse assunto nunca me chamou a atenção. Fui apresentado ao seu marido e nos tornamos também amigos, ele gostava muito de pescar e de um bom jogo de cartas, e como sou louco por um pôquer ou um buraco, nos demos bem de saída. Esqueci de dizer que essa minha amiga é o que chamam de mulherão, na época com 24 anos. Tempos depois me mudei do Rio, indo morar noutro estado, dois anos depois, voltei ao Rio de Janeiro a trabalho, e meus amigos não me deixaram ficar num hotel, não tive como recusar e fui perturbar a privacidade dos dois, já que não tinham filhos.
Uma noite, já era tarde, senti sede e fui à cozinha tomar água, como o quarto do casal ficava ali próximo, constrangido ouvi um barulho já muito conhecido, ou seja: estavam transando, ou fazendo amor como preferirem. Tentei não fazer nenhum barulho, peguei minha água e voltei ao meu quarto, que ficava próximo ao banheiro. Logo em seguida, ouvi passos que se dirigiam ao mesmo, pela leveza senti que era minha amiga, e não demorou muito ouvi um copioso pranto. Não entendi nada, a não ser que o barulho que ouvira, tratara-se de agressão em vez de amor, e talvez tenha sido mesmo, segundo relato da minha amiga, dias depois.
Aproveitando a amizade, a intimidade, argúi minha amiga sobre aquela noite. Após relutar por alguns minutos, terminou me revelando que sua vida de casada realmente de vida tinha apenas a aparência, pois o seu belo marido, além de precisar de muito estímulo, era rápido no gatilho e quando ela se preparava para participar da festa, ele já tinha ido embora sem nenhuma explicação. Assim como tempos depois, soube pelas más línguas, que minha linda amiga era vista com outros homens, que talvez nem ligasse para o que ela tinha na bolsa, ou ligasse, mas o que ela realmente buscava era alguém que se preocupasse com outros expedientes, tais como: onde ela gosta de ser tocada na hora do amor, o tempo necessário, ou alguém como eu, que sinto mais prazer em ver uma mulher que na sala aparentemente é uma santa, nessa hora morde tudo o que estiver pela frente, revira os olhos e range os dentes, além de falar uma língua totalmente incompreensível, que no meu próprio orgasmo.
Pretendo continuar aqui com este assunto, ficaria imensamente agradecido e feliz, se alguém desse algum testemunho, ou algum comentário que viesse enriquecer meu conhecimento do assunto.
No próximo, contarei outro caso, por mim vivenciado e que também tem muito conteúdo, pelo menos é o que penso. Até lá.