segunda-feira, 31 de dezembro de 2012




Sonho de Fim de Ano.
J. Norinaldo.


A minha última crônica do ano tem algo de engraçado ou de inusitado, geralmente sonho com algo que me remete ao passado, principalmente se não é algo que me traz tristeza, gosto de registrar escrevendo e guardando, agora postando no meu blog. ““Pois bem, hoje acordei e lembrei que tinha sonhado com minha querida mãe que Deus levou há algum tempo, ela me mandava comprar” Espermacete”. Nossa, acredito que a última vez que vi essa palavra foi quando li Moby dik e isto faz muito tempo. Bem, mas me lembro de algumas vezes em que minha mãe me mandava pedir emprestada a D. Olímpia, vizinha nossa por muito tempo espermacete, que na verdade pronunciava “Parmacete” para passar roupas brancas, já que costurava roupas para amigas e freguesas. Coloquei o nome no Google e ai embaixo está um resumo, fonte:” Wikipedia”. Assim por cima, me decepcionou por não falar na utilidade da qual se utilizava minha mãe, passar roupas; lembro que ela passava várias vezes o ferro cheio de fumegantes brasas sobre o paletó ou camisa, e depois o tecido ainda quente esfregava aquela coisa branca que mais parecia uma vela quadrada. Será que somente minha mãe utilizava o espermacete para este fim? Impossível pois pelo menos nossa vizinha que sempre emprestava pra ela ou quando não tinha procurava lá em casa fazia o mesmo.
Lembro bem de um dia 7 de setembro de muitos anos atrás, ainda estava escuro quando minha mãezinha preparava meu uniforme para desfilar, era sempre um dia muito especial, além de usar a roupa feita especialmente para o evento, calças compridas azul marinho, camisa branca impecável passada com espermacete, um casquete, ou gorro militar branco, e a única reclamação: os sapatos, usados somente nesse dia ou quando ia a missa; era um verdadeiro sacrifício que no fim valia a pena. Muito bem, nesse dia como dizia lá em cima, ainda escuro minha mãe me mando a casa da vizinha de sempre buscar espermacete, ou parmacete como ela dizia, na volta eu vinha tentando entender o que era aqui, já pensou se alguém me diz que aquela coisa branca saia da cabeça de um cachalote, que era algo que preenchia uma cavidade da sua cabeça e que um adulto chegava a ter 2000 kg daquilo, apenas numa cavidade da cabeça? Por isto, hoje eu sei que existem muitas coisas com o tempo certo para sabermos, senão não tem cabeça que aguente, mesmo de um cachalote. Até por que eu iria pensar que esse alguém confundiu com chocolate. Só um minuto que o meu celular está tocando, ah! Imagina pensar em celular naquela época, para se ter uma ideia, no lugar onde eu morava e minha mãe passava roupa com espermacete, ou parmacete como queiram, não existia telefone, eu nunca vira um.
Bem, voltando, apesar de também lembrar que este ano quase não houve o desfile, era a grande dúvida, pois o Presidente da República tinha se suicidado no mês anterior, no dia 24 de agosto, nem lembraram que no dia 25 era meu aniversário, 7 anos, bah! Faz tempo, não vou colocar aqui o nome do presidente para não saberem a minha idade.
Ai está meu relato sobre “Espermacete” se teve alguma utilidade não sei, agora de uma coisa tenho certeza, levou-me de volta numa gostosa viagem ao passado distante, até por que estamos preparando o passo para entrarmos num futuro incerto; pelo menos o passado nos dá uma grande certeza, ninguém jamais irá morrer lá.
Se você é do tempo em que se passava roupa, principalmente branca ou de linho com “Espermacete” até parece que estou vendo seu sorriso e o trejeito que fez com a boca...
“O espermacete tem sido utilizado para vários fins, entre os quais o fabrico de velas, muito apreciadas por arderem sem libertar fumos ou odores, fluido de transmissão automática, lubrificante para instrumentos delicados de elevada altitude, cosméticos aditivo para óleo de motor, glicerina, compostos de protecção contra a ferrugem, detergentes, fibras, vitaminas e mais de 70 compostos farmacêuticos.
A substância era também usada na confecção de velas padrão para fotometria, sendo a base de um dos padrões usados para avaliar a intensidade luminosa. Uma candela foi definida como a luz emitida por uma vela de espermacete puro que queimasse 7,77 g da substância por hora.
Outra importante área de utilização era em medicina e cirurgia, especialmente na confecção de pensos encerados e de unguentos, e na feitura de preparações cosméticas”.(Fonte.Wikipedia”

domingo, 30 de dezembro de 2012




                                                    Ao Encontro de Mim Mesmo.
                                                              J. Norinaldo

                                                 FELIZ ANO NOVO A TODOS.

Estou indo ao encontro de mim mesmo, para refletirmos sobre o ano que passou e decidirmos as mudanças que queremos, para não fazermos como antes já fizemos, esquecemos de propósito o passado e os mesmo erros cometidos novamente cometemos. Vou sentar-me frente a frente com eu mesmo, não a esmo, mas sim para refletir, se vale a pena escolher novos caminhos, plantar rosas mesmo que tenham espinhos, sofrer por amor, mas não mentir. Estou indo se alguém  quiser ir comigo, mais um amigo para comigo seguir, a subida da montanha é tão sofrida, fica mais fácil se o fardo dessa vida dividir.
Estou indo ao encontro de mim mesmo, não espero nenhum tapete vermelho, quero encontrar comigo mesmo, não a esmo como faço sempre a frente de um espelho, com a certeza que um dia desse espelho fugirei, e me refugiarei no meu mutismo por que um dia  desse encontro por covardia declinei. Agora é o momento eu sei.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012





O Tempo e a Beleza.
J. Norinaldo.


Alguém postou no Facebook e eu compartilhei e guardei, uma foto do Kirk Douglas brincando com os cabelos negros da Brigite Bardot, com uma mecha fingindo ser seu bigode. Imaginem Brigite Bardot com cabelos negros, a foto mostra uma moça que aparenta 17 ou 18 anos no máximo, e o Kirk, desculpem a intimidade, mas se não conheci naquela época não foi muito tempo depois, pois é, o Kirk com 35 talvez, ou menos. Ai, me veio a memória um filme que assiti faz pouco tempo: “Acontece nas Melhores Famílias” Com Kirk Douglas, e Mike Dougrlas seu filho, também grande ator. Pois bem, no filme, o Kirk que faz o papel de pai do seu filho, é um velhinho muito velho, que em determinada cena vai aplicar insulina na coxa, e realmente dá pena ver o físico do antigo Espártaco capaz de lutar e vencer leões na arena, hoje não teria certeza de vencer um hamster.  Esta mesma pessoa que postou tal foto, também postou uma da Brigite atual, com uma enorme deformação no pescoço, e como não poderia deixar de ser, bem diferente da fotografia supracitada; fiquei a meditar: será que isto não serve de exemplo para ninguém? Que a efemeridade da juventude e da beleza são realidades imutáveis e intransferíveis?
Há algum tempo estive na casa de uns amigos, e fuçando no quintal a procura de algo para segurar uma mesa que improvisei na piscina, encontrei atrás de um monte de trastes, um pôster quase tamanho natural encartado em madeira, já quase totalmente deteriorado pelo tempo e o local onde estava armazenado, mas dava para notar que era de uma bela mulher, envergando um ousado biquíni para a época acredito eu, uma bela e invejável plástica, o rosto quase intacto, mostrava a beleza e a sensualidade de grandes olhos e lábios carnudos e belos, além de um belo sorriso. Enquanto admirava aquela beleza jogada ao mofo, não notei que alguém chegava por trás de mim, senti somente que  me tomavam aquilo das mãos com certa violência, e tentava quebra-lo ao meio usando o joelho; era uma senhora gorda, com cabelos pintados já há algum tempo, o que deixava ver bem que foram pintados, no rosto muitas rugas além da amargura do momento. Não tive tempo para me desculpar, aliás não saberia por que me desculpar, ela pegou aquilo e encontrou o fogo onde se fazia um churrasco e ali depositou o que em outra época representou orgulho com certeza. Preciso dizer que era a diva do quadro? Não me deu nenhuma explicação, também não as devia, e durante todo o encontro, evitou falar comigo; tempos depois, se desculpou dizendo odiar aquela foto. Eu não a conheci na época, mas dizem que realmente era demais; o que o tempo fez com ela foi muito mais que demais, pode acreditar.
Não sei se soube realmente expressar o que na verdade queria dizer, e também não sei se estou certo ou estou errado mostrando ou tentando mostrar a vida por este lado. Bem, se alguém leu isto e aprendeu alguma coisa, sinto-me recompensado. Uma só que seja.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012




Quer ser o que quando crescer?
J. Norinaldo.


Fui ao banco receber um alvará emitido pela Justiça, lá chegando não demorou muito e um jovem me chamou e pediu que sentasse a sua frente; Em que posso ajuda-lo perguntou como deve repetir centenas de vezes durante o dia. Bem, lhe entreguei o alvará ele então perguntou se eu era eu mesmo, no que confirmei sem nenhuma dúvida, mesmo assim me exigiu o documento de identidade, como minha carteira civil está com uma letra errada no nome, preferi lhe entrega a de Fuzileiro Naval. Notei que o jovem a segurou e ficou durante certo tempo olhando-a, pensei achou pequena, mas não, logo a seguir perguntou-me o senhor é da marinha? Sim respondi, agora estou na reserva, mas durante 31 anos estive engajado neste mister. Notei uma súbita mudança nos olhos e no interesse do jovem pela minha pessoa, esqueceu de vez o que mais me interessava e entabulamos uma conversa naval. Então o senhor já esteve no mar? Claro, respondi novamente, seria muito difícil ou quase impossível passar 31 anos servido a marinha do Brasil ou de qualquer país sem conhecer um ou mais oceanos. Já viajou de submarino? Já, uma pequena viagem mas fiz. Lá embaixo não se vê nada não é mesmo? Só com aquele negócio que sai fora d’agua que se vê alguma coisa não é? Claro que não, o Periscópio é para ver fora da água, lá embaixo você vê sim, tem recursos para isto.
O que me chamou a atenção mesmo, foi que o jovem esqueceu que trabalhava num banco, e apesar de atrás de mim existires várias cadeiras para que os clientes aguardassem com certo conforto, queriam ser atendidos, e fiquei a pensar: muitas vezes senti inveja, inveja boa é claro de jovens que trabalhavam em bancos, agora vejo que o meu trabalho foi e será muito mais empolgante; a rotina acaba com qualquer coisa, inclusive com os sonhos. Imagine 31 anos trabalhando no mesmo local, as mesmas paredes, os mesmo balcões, as mesmas pessoas, os mesmo gestos... Pode ver meu saldo por favor, pode tirar meu extrato?  Assine aqui por favor. Sem mudanças, credo! Não sei se aguentaria. E eu que pensava que meu trabalho sempre fora o pior...
Uma vez fizemos uma missão e junto conosco foram 3 jornalistas, entre estes uma moça muito bonita, quando retornamos, no Cais da Praça Mauá no Rio de Janeiro ela me disse: Nossa! É muito legal ser fuzileiro Naval. Pois eu pensava justamente o contrário: nossa! Deve ser muito legal ser jornalista.
Bom mesmo seria experimentar tudo que quisesse até encontrar o que realmente nos agradasse ser, não é mesmo? E uma coisa eu te garanto, Submarinista voluntário eu não seria nunca, e bancário, agora já não sei.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012




Os Dragões da Minha Infância.
J. Norinaldo.


Quando eu era criança, morava num casebre muito pobre, havia em minha casa um velho armário de madeira que servia como guarda roupa e dispensa ao mesmo tempo; da minha rude cama eu observava todas as noite até a hora em que as lamparinas a querosene eram apagadas em cima deste velho armário uma caixa de chapéu. Era bem feita, arredondada e tinha dos lados alguns ingleses vestidos para caça a raposa, montando belos cavalos e tendo belos cães a sua frente; vim saber que era a famosa caça a raposa muitos anos depois. Aquele cenário foi para mim durante um longo período, como a Caverna de Platão, aquelas figuras estranhas, vestindo roupas muito justa e com estranhos chapéus povoaram meu imaginário salpicando-o de também estranhas estórias que nada tinha com seu verdadeiro objetivo, caçar raposa. Consegui no Google, exatamente a caixa que havia há tantos anos em cima daquele velho armário. Muitas vezes eu sonhava acordado que era um daqueles elegantes caneleiros e que ganhava todas as corridas para impressionar a menina que amava, mas que dificilmente falava comigo na escola, além de muito bonita era uma das mais ricas do lugar onde eu vivia, mesmo assim também fazia parte das figuras da minha Caverna de Platão.
Hoje, quase ninguém mais usa chapéu, e estes já não vem em caixas como aquela, ou esta que mostro logo acima ou logo abaixo, lembro-me bem que tanto os meus amigos da vila montavam cavalos que tinham nome, assim como os cães que eu não fazia a menor ideia do que faziam no meu sonho, só sei que na verdade nunca esqueci aquela caixa de papelão e meus heróis. Confesso que fiquei um tanto decepcionado quando descobri a verdade sobre eles, achei uma aventura um tanto sem graça, vestir roupas tão bonitas, montar cavalos tão belos para sair correndo atrás de uma raposa, mas isto já foi bem depois, depois até de pisar a terra onde pretensamente corriam aqueles homens em cima do velho e pobre armário.
Assim como meus amigos da caixa de chapéu, certo dia acordei e descobri que meus amigos imaginários também não existiam, e que eu deveria deixar para sonhar enquanto dormisse, pensei que seria fácil viver sem eles, não foi, e continua não sendo até hoje, alias eles ainda estão comigo, só não posso é revê-los sem correr o risco de ganhar uma camisa de força. Tenho sim, saudades dos cavaleiros elegantes da minha caixa de chapéu, e muito orgulho de ainda me juntar com meus amigos imaginários, às vezes lembro suas feições, as vezes não, mas isto pouco importa, o que me importa mesmo é que aquele menino que sonhava com o cavalo da frente da caixa de papel, ainda está comigo, e comigo viverá até o fim. E por sinal é bom ressaltar que a corrida continua pela ponta, jamais para caçar o que quer que seja, e o mais interessante, passa o tempo,mas ninguém me passa nessa corrida. Ah! Como é bom sonhar, no sonho você é o que quer ser; portanto nunca deixe de sonhar.


terça-feira, 16 de outubro de 2012




O Espelho e o Futuro.
J. Norinaldo.



Faz um bom tempo, eu e alguns colegas Fuzileiros Navais oriundos de outros estados que não o Rio de Janeiro, onde servíamos no momento, morávamos numa espécie de republica, onde o banheiro era coletivo; quando acordávamos, quase rodos ao mesmo tempo, havia uma preocupação especial, o tempo que o Márcio ficaria no banheiro, se fosse o primeiro a entrar. Gente era muito tempo diante do espelho, realmente este jovem era de uma beleza impar, olhos verdes, uma plástica quase perfeita, digo quase perfeita por desconhecer a perfeição. Inclusive cuidava das sobrancelhas, acnes então nem pensar. Veio o destino e a Marinha e separaram aquele grupo de amigos, que todas as tardes quando estávamos todos juntos, fazíamos uma vaquinha para comprar pão e ovos, e era um verdadeiro banquete, que saudade daquela maleza. Muito bem, cada um para seu cada qual, Márcio deu baixa e o tempo foi passando. 40 anos depois das nossas brigas para que Márcio fosse o último a usar o banheiro, voltei ao Rio de Janeiro, e um belo dia estava num bar em Copacabana conversando com uma amiga, quando  de repente surgiu a minha frente um senhor idoso, caminhando com dificuldade, a barba por fazer há muitos dias, notava-se que não era uma barba cuidada, na verdade bem descuidada, olhou para mim e perguntou: Por acaso você é o Norinaldo? Vale salientar que sou realmente muito bom fisionomista, mas nesse caso, antes de responder, examinei bem aquele senhor, fiz um monumental esforço, sem nenhum sucesso. Sim, respondi, sou eu mesmo. E o senhor quem é? Márcio, lembra-se de mim? Moramos juntos no 227. Não acredito cara! Abri os braços para abraça-lo, mas senti que recuava, foi ai que notei que aquele jovem tão vaidoso do passado, agora não cuidava mais da beleza que se fora, nem das roupas que vestia afinal meu amigo não quis me abraçar por que cheirava mal. Apresentei Márcio a minha amiga, que também por formalidade tentou aqueles 3 beijinhos cariocas, o resultado foi o mesmo. Aquele homem se despediu, e como disse não ter telefone, eu lhe dei o meu, disse para ligar-me depois, e saiu caminhando como quem cairia em seguida.
Olhei para minha amiga, e esta me olhava de maneira estranha, como quem diz: que tipo de amigos esse cara tem... Tem um cigarro ai, perguntei de chofre. Tenho respondeu ela, mas você deixou de fumar já faz um bom tempo; pirou por acaso? Sentamos-nos numa mesa de bar ali na Avenida Atlântica e após um longo silencio Noêmia disse: Você não ficou nada bem depois desse encontro, que me falar sobre o assunto? Após um olhar para o mar, que pareceu durar uma eternidade, respondi: Não! Tenho certeza que irá pensar que me senti feliz.
Enquanto via minha amiga balançar a cabeça parecendo negar algo, procurei nos bolsos um pequeno frasco, de onde retirei alguns comprimidos e os engoli, pedi licença e fui ao banheiro, lá, diante do espelho, vi uma figura tão minha conhecida, e talvez por tida essa intimidade, falei muito baixo com medo que alguém pudesse me ouvir: Cara, nenhum dos teus pares, jamais me mostrou aquilo que eu tanto desejei ver, mas o que você e o tempo fizeram com o Com aquele cara, sinceramente, foi uma puta sacanagem. Tão distraído estava, que não vi um jovem que entrara no banheiro, ao me ver falando com o espelho, não pensou duas vezes, caiu fora. Eu faria o mesmo.

Lá em cima, Fuzileiros Navais escrito em maiúsculas, sei que não é certo, mas vou errar sempre. O nome do meu amigo também não é Márcio, é bom explicar até por que tive vários colegas com esse nome. E por fim, por que resolvi desenterrar esse caso: “Acordei apavorado, pois via o Márcio entrando no banheiro, ainda olhava para mim e dava um sorriso bem sarcástico”.
Rua Dr. Leal n° 227 Engenho de Dentro, Rio De Janeiro. Será que ainda existe um enorme pé de jaca na frente?
Depois desse encontro, todas as vezes que não gosto do que o espelho me devolve quando estou a sua frente, não por opção, mas por obrigação, pisco o olho e digo sorrindo. Olha que você nunca teve problemas com o tempo no banheiro do 227. Queria mesmo era fugir do espelho.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012



Meu Ponto.
J. Norinaldo.


Quando eu era menino, lá na vila onde nasci no agreste pernambucano, tínhamos apenas uma escola no lugar, escola pública, havia outras para quem podia pagar, o que não era o meu caso, mas, na verdade quase todas as crianças da vila estudavam na mesma escolinha que foi a minha primeira escola. Essa escola era uma construção retangular, tendo de um lado a sala de aulas e dou outro a casa do zelador sendo uma distante cinco ou seis metros, nesse espaço também coberto brincávamos no recreio quando esporadicamente chovia. Havia também um alpendre em torno de todo prédio, e foi num local desse alpendre, que desde os primeiros dias que ali pisei, não sei por que  adorava ficar sozinho para num determinado ponto daquela calçada lisa; todos os dias antes ou depois ou antes e depois da aula, corria para o meu lugarzinho e ali ficava parado por um tempo, e isto me trazia algo diferente, que talvez fosse felicidade. O tempo passou, sai da minha vila, e só lá voltei 40 anos depois, confesso que nunca esqueci aquele lugar, que depois lendo alguns livros onde alguns místicos chamam de: “”Ponto” nunca me aprofundei muito no assunto, mas sempre pensei que se um dia voltasse aquele lugar, faria o possível para estar novamente no meu lugarzinho naquela escola.
Pois bem, voltei como disse 40 anos depois, não encontrei mais minha escolhinha, mas até parece um capricho do destino, encontrei intacto o seu piso e o meu lugarzinho lá estava. Uma noite sai sozinho e após um minucioso exame, me postei de pé no lugar que tinha certeza ser o mesmo que ficava quando criança, fechei os olhos e esperei, esperei, nada, nada senti. Bah! Que decepção, esperei tanto tempo e nada. Enquanto estive na cidade, agora já não mais uma vila, voltei ali várias vezes e o resultado foi o mesmo, não senti nada e para não ser considerado louco ou ridículo não fui mais.
Pensei muito sobre o assunto e cheguei a brilhante conclusão: A felicidade existe sim, mas que também cresce e envelhece, e que a felicidade também tem momentos de tristeza e de infelicidade, que o que faz um menino feliz, um adulto pode considerar ridículo, talvez exatamente por que uma criança não sabe o que isto quer dizer, ou diz. Ridículos só os adultos.
Ahan! Seu Google! Te peguei, cadê a minha Escolinha?


quinta-feira, 30 de agosto de 2012


MINHA DOCE LOUCURA.
J. Norinaldo.


Uma amiga viu no Facebook uma foto da Simone de Beauvoir copiou e me enviou com o seguinte texto: Caro Nori, como sei o quanto veneras esta mulher, me vi na obrigação de enviar esta foto tirada em 1960 ela e o Sartre na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, sei que já faz muito tempo, até por que ela veio a falecer 1986, mas, pelo menos mata um pouco da saudade da tua musa.
 Respondi agradecendo: Te agradeço o carinho minha querida, mas, Simone não morreu, lestes a noticia errada, a semana que passou ainda estive com ela, fizemos pelo interior da França uma verdadeira viagem de bicicletas, acredite, de bicicletas e foi muito divertido mesmo, olha para reforçar minha assertiva, já temos até um novo encontro, vamos nos encontrar num lugar que considero encantado que se chama “Balanço Final” lindo nome não?
Minha amiga deve ter ligado ou conversado com outros amigos que temos e dito: Você tem visto o Norinaldo? Conversado com ele? Acho que ele não está bem. Quem sabe, um bom psicólogo ou um psiquiatra...
Não minha amiga! Estou muito bem, e sempre muito bem acompanhado, dificilmente não encontrarás ao lado da minha cama alguns desses amigos como: Simone, Sartre, Schopenhauer, Victor Hugo, Virgínia Woolf, Tolstoi e tantos outros que trato com intimidade justamente por considera-los amigos, daqueles que nunca deixam que eu me sinta sozinho.
Não minha querida amiga, não estou louco, aliás, estou melhorando, pois com a visão diminuindo, já não leio tanto como antes, mas enquanto puder aumentar as letras, seguirei sem querer me curar dessa doce loucura.
Muito obrigado pela foto da Simone e do Sartre, só lamento que na época me encontrando tão perto, não pude vê-los ou mesmo quem sabe falar com ambos. Naquela época, com 13 anos eu já os conhecia de vista...




quinta-feira, 23 de agosto de 2012




CABO BRUNO ALELUIA.
J. Norinaldo.


Não sei se já contei por aqui a história de um colega de farda que era evangélico, pregava no quartel durante os horários de folga, o que era permitido a qualquer religião. Este jovem contava uma história pessoal de crimes, como assalto a mão armada, roubos e outros, talvez por inexperiência ou mesmo inocência dava datas o que mostrava que tais crimes não eram prescritos. Sempre alegando que a religião que pregava, o tinha livrado de todos eles, e que agora era uma pessoa íntima de Jesus. A seção de informações começou a investigar tais fatos, eu inclusive fui a uma determinada área de Duque de Caxias onde o jovem nascera e vivera grande parte da sua existência, quando apresentei meu relatório causou espécie aos meus chefes, nada tinha na história daquele menino que desabonasse a sua conduta, foi a opinião de todos os argui idos. Na  verdade no final foi o que ficou comprovado, uma excelente pessoa, se passando por ex criminoso para atrais fies para sua religião.
Vejo agora a saída do Cabo Bruno da prisão após 27 detido, 120 anos de pena, em fim Cabo Bruno está livre, na cadeia, converteu-se e se transformou em pastor, o que talvez tenha levado as autoridades a solta-lo mais cedo, bom comportamento; o  que não é muito comum em pastores aqui fora, os jornais estão cheios de manchetes mostrando falcatruas das mais altas praticadas por alguns desses escolhidos, por quem eu não posso afirmar, posso apenas deduzir que por si mesmos para representarem Deus, aqui entre nós, também não garanto que deus.
O certo mesmo é, que se praticar crimes serve de abono a carreira de pastor, Cabo Bruno Ou Florisvaldo precisará apenas de boa memória para desfilar sua extensa lista, locais e datas, sei lá, talvez até não haja exigência e teremos em breve mais um grande rebanho tendo a frente este grande líder ou pastor. E quem sabe,  sendo os crimes verdadeiros, assim também seja o arrependimento quem me garante que não teremos em fim uma igreja onde não haverá desvios, ou qualquer outro crime, justamente por respeito ao Pastor Bruno. Afinal dizem Que Deus escreve certo por linhas tortas.
Existe uma piada de duas senhoras que batem a porta de um senhor já de certa idade, num domingo bem cedo, se apresentado como irmãs de Cristo, e que o dono da casa pergunta: Jesus Cristo? Sim!  Este mesmo, respondem em coro.  E que o referido senhor diz: Mas, estão muito bem conservadas.
Quem sabe teremos muito em breve a nova Igreja do Brasil “ O Esquadrão da Fé  do Cabo Bruno”.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a aparência do Cabo, se estas fotos apresentadas no G1 são recentes, isto depõe e muito a favor do conceito de presídio, não causará espécie se algum matador se apresentar para ser preso e dar uma melhorada no visual, saindo de lá de bem com a beleza. Paga eu, Pega eu que, eu sou do esquadrão!

domingo, 19 de agosto de 2012






O Abismo com Certeza.
J. Norinaldo.


Às vezes me flagro pensando coisas que na verdade até Deus duvida, tem ocorrido em países como os Estados Unidos da América, de jovens sem nenhum motivo aparente atirarem contra seres humanos abatendo-os  como faziam os índios antigamente com os búfalos, sendo que os índios tinham um objetivo, matar a fome. Hoje não é incomum tomarmos conhecimento que pais, mães e avós, ficam durante horas diante de um computador, navegando por redes sociais alheios a tudo e a todos a sua volta. E ai, tem outra parte que faz parte justamente dessa sua volta, os filhos e os netos, bisnetos e por ai vai.
Por que estou escrevendo esta crônica, hoje, dia 19 do corrente, exatamente num domingo são agora 17:17h de uma tarde agradável em uma cidade do interior gaucho, e onde um coronel do exército brasileiro criou talvez com a melhor das intenções, um concurso de bandas marciais escolares, e como diz um ditado popular, de boa intenções o inferno está lotado, este concurso, vem pelo menos a minha pessoa, causando um estrago terrível, não o concurso em si, que se realiza num dia e pronto; os ensaios, estes sim são uma verdadeira tortura durante quatro ou cinco meses, por vezes começando as 08:00h indo até as 22:00h.
Pois bem, hoje é domingo, agora 17:21h e estou ouvindo os bumbos no cais do porto, local de ensaio dessas bandas que para mim são malditas. Fico imaginando o que se passa na cabeça de jovens com idades entre 12 e 16, num domingo a tarde o melhor programa ser bater bumbo sem nenhuma criatividade, pois me lembro de algumas bandas no Rio de Janeiro, que durante os intervalos rola o melhor do samba, aqui nem van era sabem tocar, é só p maldito: Bum, BumBum, bum bum bum!
Já me disseram o seguinte: enquanto eles estão ali batendo, temos a certeza que não estão cheirando, roubando, ou fazendo coisas piores. Meu Deus, então é essa nossa juventude de hoje? Talvez meus amigos, o barulho dos tambores me causa mal pela repetição e a falta de criatividade, para essa juventude faça com que esqueçam o abandono dos pais, dos avós e até por isto não tenham mais amizades, coisas do tempo em que a tecnologia não aproximava os distantes e separava os que estão perto.
Nem em todos os lugares existem coronéis com saudades da caserna para criarem tais concursos, e ai vem os atiradores, que sabem que assim chamarão a atenção mesmo daqueles mais viciados, que mesmo avisados da tragédia ainda dão uma curtidinha por que ninguém é de ferro.
É realmente lamentável o que estão fazendo com a nossa juventude, esta que certamente dirigirá as nações, quem tem paga, tudo, inclusive a droga em troca da amizade e afeto, que não pode dar por causa dos amigos das redes sociais, ou mesmo de outros vícios que tantos se enganam atribuindo somente a esta mesma juventude, quem não pode por falta de dinheiro, solta no mundo ou procura uma vaga em alguma banda; e assim caminha a humanidade, destino: O Abismo com certeza. Ou aos atiradores sem sentido, mas que o mundo tem sentido suas iras.




Sonho e Realidade.
J. Norinaldo.



Interessante! Acordei hoje realmente maravilhado com um sonho que tive. Estava numa situação terrível, perdera tudo que tinha e até o que não tinha, chegava em casa que na verdade era um apartamento no décimo quinto andar e nem me deixavam subir pelo elevador, então fui por uma escada de madeira, estreita e escura; de repente comecei a chora e a pensar no que fazer. Quando um senhor usando um chapéu coco muito engraçado, que vinha na direção oposta, nem sei como conseguíamos passar os dois naquela escada, e como se eu em vez de pensar tivesse lhe perguntado, me respondeu: Engraxe os sapatos. Eu me lembro de ter ouvido esse conselho de um pai para a filha, num filme há muitos anos, na época não entendi direito. Quando a vida lhe parecer não tem mais nenhuma graça, ou lhe tenham tirado quase tudo de valor, se lhe sobrar uma moeda, engraxe os sapatos.
Na minha cidade não tem mais engraxate. Mas, como os dragões na cabeça das crianças, os engraxates ainda existem nos sonhos.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012




Como tem mal que vem para o bem. E Como!
J. Norinaldo.


Quero agradecer de coração a quem criou em minha cidade um concurso de bandas escolares, que ensaiam de abril a setembro, muitos dias das 08:00hs as 22:00hs com espaço para o almoço. O mesmo ritmo, o mesmo som, durante tanto tempo, uma verdadeira tortura. Já pensei em me matar, na falta de recursos para ir embora. Porém, por que os agradecimentos agora? Acordo tarde, escrevo até altas horas, passei 31 anos da minha vida desfilando com esta Banda que mostro ai embaixo. Pela manhã não conseguia dormir; agora, fiz uma coleção de musicas do meu gosto, assim que rufam os tambores, coloco meus fones e viajo ao paraíso, com:
Andréia Bocelli, Sara Brightamn, Celine Dion, Frank Sinatra, Gigliola Cinquetetti, John Lennon, Nat Kimg Cole, Petula Clark, Simon e Garfunkel e tantos outros. Muito Obrigado ao Coronel meu amigo que inventou tal concurso, e a todos que o aprovaram e aprovam. De coração muito obrigadooooooooooooooo!

Com esta Banda que Veem ai, desfilei durante 31 anos, não é soberba, mas não merecia tal tortura.

sábado, 17 de março de 2012



Polemica a Parte.
J. Norinaldo.


Assisti nesta sexta feira  dia 16 de março do corrente, a aula inaugural do curso de relações publicas da Unipampa São Borja Rs. Após algumas apresentações teatrais, veio a palestra de um jovem professor que versava sobre a importância dos museus. Chamou-me a atenção, quando em certo momento da brilhante palestra, o mesmo mencionou o privilégio de se chegar a universidade, citando  como exemplo a população do brasil e a percentagem que consegue tal proeza. Lembro-me falou em 165 milhões de habitantes, para uma percentagem de 500 mil privilegiados. Não foi é claro o primeiro e nem será o último a citar tal privilégio, tampouco foi à primeira vez que ouvi e nem será a última.
Também falou na importância da descentralização do ensino superior gratuito, evitando que jovens de pequenas cidades como a nossa, tenham que se deslocar para grandes centros com esse fim. Foi brilhante durante o discorrer da palestra, mostrando que realmente dominava o assunto, e fiquei a imaginar, se quando viessem as perguntas dos ouvintes, levantasse o braço e perguntasse: Professor, o que o senhor acha, ou pensa, já que foi tão importante essa descentralização do ensino superior gratuito, isto é, com a criação de várias universidades em cidades onde só havia cursos superiores em universidades particulares ou nem essa, portanto inviáveis a população de baixa renda, maioria absoluta neste país, sonho esse, realizado exatamente por alguém que nunca fez parte dessa minoria privilegiada de cruzar a fronteira, ou os muros de alguma universidade, particular ou Federal?
Outro assunto repetido várias vezes, os museus só terão, ou trarão os resultados esperados, se as universidades se apropriarem da gestão dos mesmos, no caso aqui, principalmente os museus dos presidentes, já que esta cidade foi berço de dois presidentes que fazem parte da história politica desta nação. Portanto falou-se exaustivamente sobre o Presidente Getúlio Vargas e João Goulart, em nenhum momento, no entanto ouvi o nome do presidente que trouxe a essa cidade a primeira universidade federal, aquele que nunca frequentou uma, e outro dia, um amigo meu, historiador, pesquisador e escritor, comentava que o sucessor politico de Getúlio era o Lula, e alguém o repreendeu: Ora! Não dá para comparar o Presidente Getúlio Vargas com um analfabeto.
Também ouvi, não inventei nada, um ilustre são-borjense contando que falava exatamente sobre esse assunto, quando alguém retrucou: Também! Grande universidade que ele mandou para são Borja, apenas duas ou três disciplinas. E que este ilustre são-borjense respondeu sabiamente: Ora! É só juntarmos com as dosciplinas que trouxeram Getúlio e Jango e teremos uma excelente universidade, quem sabe a melhor do país.
Como assisto as vezes aulas inaugurais de universidades atendendo a convites coletivos, desta vez fui convidado pelo palestrante, após entrevista-lo no programa “Armazém da Cultura” Pela Rádio Ipê 107.7 FM de são Borja, e não fazer parte da população privilegiada dessa nação, também fiquei feliz em ver, jovens como professores universitários, quando tempos atrás isto significava pelo menos os cabelos das têmporas brancos.
Ah!  Será que viverei para visitar o Museu do Lula lá em Caetés? Afinal é bem pertinho do lugar onde nasci.
Nem precisava dizer que não frequentei nenhum curso superior não é mesmo? É só verificar os erros deste pequeno texto. Fazer o que? Eu Gostio de escrevinhar.

quarta-feira, 7 de março de 2012



Dia Internacional da Mulher. Que Mulher?
J. Norinaldo.

Dia internacional da mulher, hoje é um dia muito especial, não falarei da origem dessa data, até por que seria uma incongruência da minha parte já que  hoje como disse é um dia de homenagens, de oferecer flores, poesias, presentes e elogios. Eu realmente não trouxe flores, não sei por que, tenho belas flores em meu jardim, ou talvez por que as flores que existem em meu jardim foram plantadas exatamente por uma mulher; sei lá, não fica bem um homem plantando rosas; será? Trouxe uma crônica, uma prosa, um poema, não sei, deixo ao julgamento de vocês homenageadas com ela.
Tenho um espaço na Internet, onde posto  o que escrevo, procurava uma imagem para homenagear a mulher no seu dia, e de repente me deparo com as mulheres escalpeladas do norte do Brasil, e uma notícia: “ Nos últimos 20 anos, mais de 200 mulheres e meninas foram escalpeladas no barcos da região do norte do país.”
20 anos? Está certo que para se construir uma telha de madeira ou de outro material qualquer que proteja o eixo do hélice dos barcos que fazem o transporte humano naquela área, depende de um mega investimento, em pesquisa e em material humano. O que é isto minhas senhoras? Seres humanos tendo o couro cabeludo arrancado em sua totalidade, quando não vão junto, orelhas e pálpebras; eu não diria que isto é uma vergonha, mas a total falta dela.
Eu lanço aqui uma pergunta: Como se enfeitarão essas mulheres, sem o cabelo e sem o couro da cabeça,  sem orelhas e sem as pálpebras, coisa que tanto as orgulham, um belo penteado, para receberem as flores, as poesias e os presentes hoje?  O que terão para comemorar no seu dia internacional?
Além de ter a triste certeza de que neste exato momento em que faço esta estranha homenagem às mulheres, muitas estão sendo: estupradas, espancadas, mortas. Como eu gostaria que alguém que me ler neste momento gritasse: Tirem esse louco daqui imediatamente, de que planeta surgiu esse idiota? Não acreditem em nada do que escreveu, pois se não é de outro planeta é totalmente louco. Vou fazer uma pequena pausa e torcer para que isto aconteça, sinceramente.
Este silencio senhoras e senhores,  é apavorante, afinal pouco além do silencio tem sido feito em defesa das mulheres estupradas, espancadas, escalpeladas e mortas, quando as flores deixam de ornar momentos de felicidade, para serem rorejadas pelo pranto, e que depois se torna canto nos verso de algum  poeta.
As mulheres têm conseguido avançar na luta contra o preconceito, porém muitas delas esquecem a condição de discriminação, do preconceito sofrido antes, esquecem-se daquelas que ainda se arrastam na estrada da liberdade; tanto é que em nosso país numa data não muito distante, num estado governado por uma mulher, numa comarca onde uma mulher era a Juíza,  uma menina ficou presa na mesma cela que 20 criminosos do sexo oposto por mais de 15 dias.
Portanto, para muitos, hoje é o Dia Internacional da Hipocrisia, quando se oferecem flores para taparem os hematomas das porradas recebidas durante o resto do ano.

sábado, 3 de março de 2012




Escola de SP barra alunas vestidas de forma 'sexy e provocativa'


Onde Está a Provocação?
J. Norinaldo.


Se as meninas barradas são estas da foto acima, esqueceram-se de colocar que elas estão provocativas mas para algum tipo de fetiche. Nada entendo de moda, mas na minha parca opinião, elas foram barradas por estarem muito mal vestidas; pelo menos para ir a escola. Ora sutians coloridos foram citados como provocativos, que é isto gente? Essas meninas deveriam ser elogiadas por ainda usarem tais peças, quando grande parte das suas tribos já não usa mais nem calcinhas; ou quando as usam, são com sabores e perfumes chamativos, decerto para serem cheiradas e comidas, literalmente.
Uma coisa é certa, esta escola não seria manchete na Internet caso não tivesse a diretora tomado tal atitude, e quem sabe os pais de algumas dessas meninas levem o caso a justiça e veremos calcinhas e sutians coloridos sendo recolhidos a delegacias para exames devidos, nem sei se de menor pode. Do BBB foi claro que sutian não, já foi um espanto encontrar uma minuscula calcinha para ser examinada..
Visto por outro anglo, quem sabe as meninas são tão castas, que usam tais peças coloridas simplesmente para mostrar que ainda usam, e ai sim ser motivo de estampar manchetes de revistas e jornais, não sei se pela idade, ou pela experiência, mas dificilmente essas meninas me excitariam com tais roupas provocativas, portanto se passasse por ali no momento e alguém me dissesse: essas moças não puderam entrar para estudar por que estão vestidas assim, eu pensaria que no mínimo seria uma escola de moda ou de modelos, e elas representavam realmente um péssimo exemplo.
No meu entender, menos provocativas que isto, só mesmo indo para a escola de armadura, dessa maneira ai acima, não armadura de ninguém, pelo menos alguém normal.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012




Brasília o Altar de Sacrifícios.
J. Norinaldo.


Mais um caso de mendigos queimados vivos em Brasília, em 1997 foi o índio Galdino. Crime bárbaro, estúpido sem nenhum motivo. Agora, fala-se que se identificados, os criminosos pegarão uma pena máxima e poderão ficar 30 anos na cadeia, o que significa que os assassinos do índio Galdino, identificados, julgados e condenados ainda deverão permanecer mais 15 anos atrás das grades. Alguém pode me dar noticia desses monstros? Em que presídio se encontram?  Ingênuo eu? Por quê? A Lei não existe para todos?
Outro dia, escrevi aqui mesmo mostrando uma mãe dando a luz a uma filha, algemada a cama por ter furtado uma boneca, ou algo para o enxoval da filha, se não aparece nesta página, volta um pouco e poderá ver o que digo. Alguém que não é daqui, lê algo assim, vê essa mãe algemada a cama pós parto e durante, e depois lê a notícia que ira estou escrevendo, deve pensar: Caso seja presos os culpados por esse bárbaro crime, eu não quero nem pensar o que acontecerá a eles. Nada a ver, dependendo de que são. Ainda mais em Brasília, a Capital do país das maravilhas. Só falta agora a polícia descobrir os culpados e também que tem apenas 17 anos 11 meses e 29 dias, por que é claro a lei é bem clara, esses não serão presos, pois serão entregues a alguma entidade mantida com meus impostos e lá ficarão um dia, e sairão recuperados.
Sabe quando será mudada a lei de maioridade penal, ou sei lá como se chama, mas que os monstros considerados menores irão para a cadeia? Nunca, pois justamente quem faz as leis nestes pais sabe dos monstros que tem em casa, e esses conhecem muito bem o que é impunidade até pelos exemplos dos pais. Nem todos é claro, nada de generalizar, o que influi muito pouco ou nada, pois tudo ali funciona na base da votação, e sabe quando a maioria será de gente honesta, quando o Sargento Garcia prender o Zorro.
Alguém colocou o retrato de quatro juízes do Supremo que votaram contra a Lei da Ficha Limpa, sinceramente eu teria votado da mesma forma se fosse um deles. Afina são 513 Deputados Federais, 81 Senadores, centenas de deputados estaduais, vereadores, prefeitos, imaginem quantos candidatos, é ficha limpa demais para o meu gosto. Ainda existe a chance de começar aparecer na Internet: “Você que pretende se candidatar na próxima eleição e desconfia que sua ficha é mais suja que pau de galinheiro, temos fichas tão limpas como as calcinhas da BBB que foram levadas para exame em uma delegacia, autenticas, nada de Paraguay; fale conosco e livre-se desse rolo, assim como Serasa, SPC e etc...”
Ninguém ateia fogo num ser humano, tendo a certeza que se descoberto pagará por tal crime como deve. Se forem de classe média alta, então já sei de quem se trata, já vi esse filme antes. E Você?




Achar é a Mãe de todos os Erros.
J. Norinaldo.


Com certeza já contei esta história noutro Jornal para qual escrevi, mas realmente não me importo de me tornar repetitivo, pois acho que sempre vale a pena.
Certa vez, morava no Pantanal MS. E sai para pescar com um amigo e um amigo dele, este me parecia uma pessoa bem rude, usava uma botina com ponteiras de ferro, uma roupa muito simples e um velho e esquisito chapéu, estavamos numa velha camionete do meu amigo que antes de chegarmos ao local da pescaria apresentou um defeito, tivemos que ligar para chamar um mecânico na cidade, e enquanto isto ficamos numa bela sombra a conversar. Conversa vai, conversa vem, em dado momento, eu contava a proeza de um amigo meu que dormira ao volante na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro e viveu para contar a façanha, isto em horário de pico. Mas, ai me virei para o dito amigo do meu amigo e disse: você não conhece a Avenida Brasil no Rio de Janeiro, portanto não vai fazer ideia do que estou falando.  Ai veio a bomba. O homem que chamarei de Ramão, deu um leve sorriso e disse: Eu não conheço a Avenida Brasil no Rio de Janeiro? Meu amigo, cansei de sair daqui da nossa cidade as 19:00hs, para estar em casas de massagens em Ipanema as 22:00hs, num jatinho fretado, assim como já sai daqui numa segunda feira pela manhã, e na terça a noite está jantando em Palermo. Eu dei de presente uma boutique para uma amante quase na entrada da Broadway em NY e disse o número da rua que agora não lembro. Existe um restaurante numa das patas da Torre Eiffel, onde quando eu chegava tinha meu lugar reservado, era conhecido pelos garçons da casa, sabe por que meu amigo? As gorjetas que dava.
Pasmo diante do meu interlocutor, realmente não conseguia interromper sua narrativa rica em detalhes, o que demonstrava que realmente dominava o assunto. Fez uma parada e olhando para mim disse: antes que pergunte o que faço agora, vou lhe dizer: compro e vendo porcos, não tenho uma casa para morar e o carro que tenho não daria para virmos pescar em segurança. O que eu fazia antes? Simplesmente, era traficante de drogas e não sou mais.
Ai ouvir tudo aquilo, e depois através de informações comprovar tudo, sinto-me muito feliz em depois de viver nesse lugar por 14 anos, ter saído de lá em 2000 dirigindo uma chevy 89 e com o dinheiro que um seguro de vida que paguei por muitos anos ter me devolvido. Por que a propaganda foi demais, jatinho, belas mulheres, Palermo, Nova York, Paris, Rio de Janeiro, Amsterdam e muito mais.
Uma coisa aprendi, ou penso que aprendi: nunca mais digo que ninguém conhece ou não conhece qualquer lugar do mundo. Vez por outra, meu amigo que era amigo do Ramão, olhava para mim e num trejeito muito engraçado dizia: “Não conhece a Avenida Brasil”. Eu sorria, fingindo não me chatear, mas me chateava e muito.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


A Barriga e a Soberba.
J. Norinaldo.


Outro dia vinha por uma rua tranquila, estrada de chão, quando num cruzamento vi três moças muito bonitas, parei e fiz sinal para que passassem, elas hesitavam, fingiam que iam e paravam, enfim pararam e avancei bem devagar, uma das moças assim que minha camioneta passou por elas, levantou o pé e deu um chute na lataria, vi pelo retrovisor, como usava uma sai muito curta, vi suas calcinhas azuis, ouvi quando disse: passa com esse caco, além de pobre feio. Não me preocupei muito com o chute, pois meu velho carro está realmente precisando de uma nova pintura, mas sai pensando o que leva alguém aparentemente bonito, saudável, e sendo bonito e saudável por que não feliz, a ofender  a um semelhante sem nenhum motivo aparente; aliás, ofender pelo jeito de falar, pois realmente sou feio e pobre, não tenho como esconder isto.
Passaram-se alguns meses, e cheguei em casa minha mulher conversava com um senhor a respeito da grama do jardim, logo o vi aparando a grama, terminado a tarefa, paguei ao referido senhor, que juntou suas coisas e foi embora; dias depois, procurava uma certa marca de manteiga num super. mercado, quando vi a bela moça que chutara meu carro e me dissera as gracinhas citadas acima, empurrava um carrinho, e quem ia colocando as coisas dentro dele? O mesmo homem que cortara minha grama. Procurei me informar a respeito, e fique sabendo que era seu pai.
Passados mais alguns dias, eu estava deitado e minha mulher jogava no computador, quando a campainha tocou, ela gritou, atende ai, que eu no memento não posso. Fio até a porta e era o dito senhor das gramas, não o senhor dos anéis. Avisei a mulher e esta gritou: diz para ele que ainda é muito cedo para aparar novamente, que venha daqui a duas semanas, avisei ao homem que me disse: dá para o senhor vir até aqui, não escuto bem; aproximei-me e ele me disse: eu falei pra ela que cortava a grama por RS 50,00, mas se por acaso ela não tenha, aceito comida, arroz, feijão, açúcar, o que ela puder me ajudar, estou realmente precisando.  Parei, pensei, lembrei as palavras e o gesto daquela menina bonita; o que aquele pobre homem tinha a ver com a atitude da filha? Lhe disse: pode vir cortar a grama que lhe pago.
O destino preparara uma armadilha para aquela moça, no outro dia, por volta das 16:00hs, fazia muito calor, eu me encontrava na minha sala escrevendo quando minha mulher me chamou, o homem havia terminado o serviço, fui pegar a carteira para efetuar seu pagamento, quando sai a varanda, vi a menina bonita, que chutara meu carro, que me chamara de feio e pobre, colocando na rua o último saco de grama que havia juntado do meu jardim. Olhou para mim, em seguida baixou os olhos, e não sei, mas, pensei ver uma lágrima neles, não posso dizer se de vergonha ou de remorso, se de vergonha não cresceu nada em meu conceito, pois trabalhar jamais envergonha ninguém, se de remorso, não sei  o que pensar. Porém com ela aprendi uma coisa muito importante: pensar muito antes de chutar algo ou alguém pobre, já que chutar alguém rico somente um pobre de mente, ou simplesmente demente.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012



Preciso adicionar mais alguma coisa?



Sem empregos e educação, milhões ficam à margem de crescimento brasileiro.
Enquanto isso na casa do
BBB...
J. Norinaldo.

Sem sombras de dúvidas este é o país dos disparates, das distorções, das diferenças. Enquanto uma rede de Televisão, oferece um milhão e meio de reais, para pessoas já bem nascidas, ficarem confinados numa mansão, comendo do bom e do melhor, tanto em comida como no que você está pensando; enquanto em alguns lugares do Brasil se reclama a falta de emprego, de educação e saúde, da falta de comida propriamente dita, vejo uma linda loira na Internet, reclamando da abstinência de sexo na casa do BBB, se não transar vou ficar louca.
Depois que acaba a festa a baco, o que mais se lê nos jornais e na Net é: Fulana de tal ex BBB, faz ensaio para posar nua para tal revista, ou a ex BBB fulana de tal, será apresentadora de TV. Quer dizer para a putaria não falta emprego e oportunidade, agora, para quem quer realmente trabalhar por que necessita dar de comer aos filhos, resta a bolsa família.
Em vez de Copa do Mundo de Futebol, temos que ganhar dinheiro é fazendo por aqui, a Copa do Mundo de Putaria, material humano e experiência temos de sobra, ai sim, não vai ter pra ninguém, principalmente liberando entrar com bola e tudo. Fuiiiiiiiii

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012




Celebridrogas.

J. Norinaldo.



 

Duas celebridades da musica mundial encontradas mortas recentemente. O que há em comum entre elas? Sucesso, dinheiro, romances e drogas. Aqueles que vivem da desgraça ou da felicidade dos outros, agradecem a propaganda gratuita e poderosa, em menos de um ano, morrem duas celebridades, belas mulheres aparentemente e ambas tem seus nomes ligados a drogas. O que mais falta dizer e provar, que para fazer sucesso você ou usa ou está fora? Esta última começou cantando em Igrejas, nem por isto escapou de ter nas manchetes da sua morte esta palavra que pode muito bem definir sucesso no mundo artístico. Tenho me tornado repetitivo e não vejo como mudar, mas quem  sonha com tal glamour, não pode deixar de pensar que se isto fosse ruim como tentam mostrar certos seguimentos, só quem usaria seria pobres e loucos, não aqueles que aparentemente tem tudo. Whitney Houston

Whitney Houston e Amy Winehouse, se foram deixando um hsitórico duvidoso e um exemplo a não ser seguido, mas que com certeza será, quem sabe não fosse a droga, não seriam manchetes em todos jornais do mundo ao desencarnarem.

Aqui no Brasil, continuamos mostrando que somos um povo alegre e descontraído, um amigo me mostrou o que achou na Internet: Aproveitando a deixa da morte de Whitney, alguém postou: “A música brasileira está de luto, fulana de tal, vocalista de tal banda, foi encontrada viva em seu apartamento gozando da mais perfeita suade.” E uma das únicas vezes que vejo essas pessoas vinculadas a alguma noticia, mesmo que de brincadeira, onde não se lê a palavra droga, apenas subliminarmente, pois pelo jeito sua musica é uma droga.

Sempre gostei de escrever, musica, poesias, romances, crônicas; Nunca provei nenhuma droga ilícita. Não tenho nenhuma das minhas composições gravadas, nenhum livro de poesias, escrevi para vários jornais semanários, alguns que duraram apenas 4 ou 5 semanas, seria total falta de talento minha falta de sucesso?

Será que um dia, a palavra celebidade, estará literalmente a trelada a drogas? Celebridrogas? Ou não sejam anunciadas celebridades encontradas mortas vitimas das drogas, e sim celebridrogas vitimas da fama?


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012




Meu Brasil Brasileiro, meu Mulato Malufeiro.
J. Norinaldo.


Grávida de sete meses de uma menina, Elisângela Pereira da Silva, 32, foi presa em flagrante em novembro. A suspeita: furtar um chuveiro, duas bonecas e quatro xampus das lojas Americanas do centro de São Paulo. Noutra reportagem fala-se em um enxoval para a filha que ia nascer.

Este é o meu país, não por opção, mas por imposição, nunca gritei eufórico minha satisfação por ter nascido aqui. Não faz muito tempo, que escrevi em algum jornal aqui da minha cidade, ou da cidade onde moro, sobre a vergonha de um ministro do Supremo Tribunal Federal, aparecer abraçando o advogado do deputado Paulo Maluf; justificando ter votado a favor da liberdade de tal político, por ser muito triste um pai e filho preso na mesma cela. Eu escrevi na época, que para mim não seria nenhuma surpresa ler logo em seguida nos jornais, a noticia da aposentadoria de tal ministro, não por castigo por dar um tapa na cara da sociedade brasileira, mas... Não deu outra, logo o tal trocou a toga pelo pijama.
Agora, também através da imprensa, vejo essa imagens chocantes, de uma mãe que tentou roubar algo insignificante, mesmo havendo o ditado de que quem rouba um tostão, é por que não encontrou um milhão, ou que esteja justificando o roubo. Não, nada disso, na reportagem fala em suspeita, agora imagine empregar a mesma regra para ela, e para o Maluf, se esta coitada ficou algemada após o parto ou também durante ele, o que seria feito com o outro em questão.
Já que falei em ditado, neste meu país, não por opção, o crime compensa sim, lembro-me que quando menino, lá na minha vila, escutei várias vezes este ditado: “ Vergonha é roubar e não poder carregar”.
Lembram da prisão do juiz Lalau? Numa mansão dos Jardins paulista, com dois policiais federais a cuidar de sua segurança? O que mais uma vez deixa bem claro, que neste meu país, não por opção, a justiça não é somente cega, é também doida e malufica, perdão, maléfica.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012





Sou Feliz, mas finjo não Saber.
J. Norinaldo.


Há uns 20 anos fui mandado pelo meu quartel, 3° Btl/FuzNav Paissandu a uma metalúrgica em Gramacho, Duque de Caxias RJ, para encomendar alguns artefatos militares, a tal metalúrgica, ficava ou fica bem na entrada do aterro sanitário da cidade do Rio de Janeiro, onde toneladas e mais toneladas de lixo são jogadas por minutos. Ali, vi de perto um pouco do inferno, seres humanos disputando contra porcos e urubus cada centímetro de podridão, em busca de algo a ser vendido, ou levado para comer, para manter uma vida que sinceramente ali parado a pensar, não cheguei a uma conclusão se valia a pena.
Alguns barracos feitos com material do próprio lixo fritavam linguiça e outros salgados, e com certeza o zumbido das moscas varejeiras superava em muito a negra frigideira que eram vendidos aos trabalhadores do lixo; que comiam com gosto aquele quitute, também disputado pelas moscas azuis.
Vi crianças dentro de caixas de papelão também recolhidas no lixo, brincando inocentemente com algo que a mãe recolhera da imundice, vi pessoas azuis como as moscas resultado da poeira fina ou até de gases provenientes do lixo, e como nunca havia presenciado nada igual, pensei com meus botões: Sou feliz, mas finjo não saber.
Ontem vi na TV um programa mostrando o lixão do Gramacho e os seus catadores, nada mudou nesses 20 anos, apenas a montanha cresceu o que é natural, agora marcam o fim daquele bizarro cenário para alguns meses, e vi muita gente reclamando que vai ficar sem seu ganha pão, com certeza não é o que o diabo amassou, o diabo é esperto para ir a um lugar daquele.
Enquanto isto na casa do BBB, rola luxo e sacanagem de montão, no fim ainda dão um milhão; pena que ainda tem gente que sai do lixão pensando em assistir um lixo maior e mais podre ainda, onde a roupa mais comprida cabe na mão de uma criança, não fosse os fios dentais tão exibidos, com certeza as moscas azuis do lixão do Gramacho ganhariam novo endereço, pois o odor de bacalhau azedo seria insuportável. Fuiiiiiiiiiiiiiiiii

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012



Crime Organizado.
J. Norinaldo.


Se realmente a corrupção no Brasil gira em torno de Rs 50,8 Bilhões e  Rs 84,5 bilhões por ano, e acredito que este segundo número seja bem maior se bem pesquisado, com toda certeza nosso sistema político é sem sombra de dúvida o crime mais organizado do país. Não que todo político brasileiro seja corrupto, mas que todo corrupto deseja uma vaga lá, uma cadeira isto é notório.
Assistindo a TV Senado, um debate sobre o novo Código Florestal, fiquei imaginando como é difícil encontrar corruptos entre aqueles lustres cidadãos, que falam tão bonito em nome do moral e da ética, e claro que alguns com muita convicção, estes não faço a menor ideia o que foram ali fazer, é difícil também imaginar que ali chegaram com a ideia de mudar o imutável, ou pelo menos o que já está bem enraizado durante séculos.
Não entendo como depois de mostrado na TV, depois de diversas seções, debates, reuniões e mais gastos públicos, depois de votados  e aprovados várias leis, saem beneficiando este ou aquele grupo, que criminosos defenderam ali com palavras que o povão não entende, e nos bastidores enchem a burra de ouro.
Mas, agora eu estou falando na TV Senado, e isto é Brasília, um tremendo erro creditar toda corrupção do país ao Planalto Central, que nada, no estado, no município, na escola estadual, na municipal, no hospital, na sua casa, no diabo que o carregue, em todos os lugares a corrupção está presente; é endêmica e sistêmica. E tudo funciona como o combate ao mosquito da dengue, você faz a sua parte, limpando tudo, mas o vizinho tem o quintal cheio de pneus velhos, e como ali é território sagrado, não adianta nada você cumprir seu papel.
Por isto mesmo defendo uma posição utópica para cargos políticos, cargos vitalícios com direito a desistência voluntária, até que tenhamos um quadro completo, afinal é muito melhor conviver com ladrões conhecidos, do que se decepcionar de quatro e quatro anos, ou de oito em oito, e ainda ficar batendo na própria cara e dizendo: “Toma cara sem vergonha, tá ai teu candidato honesto”.
Dizia um amigo meu, que a consciência é uma roseta de espora que  temos no coração, cada vez que se faz algo errado, ela dá um giro, se a pessoa é sensível a dor, para por ali e não mais comete tal ato; porem quem consegue resistir, com o passar do tempo, a roseta gira feito um ventilador e ele não tá nem ai. Com certeza assim são os políticos corruptos do Brasil. Carne de pescoço nas paredes da consciência e do coração.
Ah! A corrupção não é coisa brasileira, existe no mundo inteiro? Claro, sei disto. Agora meu amigo, Carnaval, mulher gostosa e corrupção igual a nossa, ainda está para ser descoberto o planeta, que tenha um país que chegue perto da gente.
E ai, eu me pergunto: E se eu fosse eleito para um cargo público, lá chegando e vendo todo mundo se dar bem impunimente, como sempre acontece, como agiria? Bem! Como sei que não vou ser eleito coisa nenhuma, minha resposta é: Jamais me corromperia. Caso contrário, prefiro não responder. Fui.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012




Conto de Fadas ou Verdade Mesmo?
J. Norinaldo.

O Presidente Obama num discurso Em Orlando na Flórida disse que os vistos para brasileiros que queiram visitar seu país serão muito facilitados, aventando inclusive a hipótese de alguns casos serem dispensadas as entrevistas, antes terríveis entrevistas, eu que dei serviço no consulado americano como militar certa vez, vi não uma só, mas muitas pessoas saírem dessa tal entrevista aos prantos. Até grupos abraçados. Obama só deveria ter sido assessorado para escolher um local mais adequado para proferir tal discurso, em frente ao castelo da Cinderela, pode ter a conotação de pegadinha ou de piada; ora o próprio presidente americano anunciando facilidades para permitir a entrada de brasileiros nos Estados Unidos, quando não faz muito tempo, países como Portugal e Espanha deportavam centenas de brasileiros que chegavam legalmente aquelas nações. Está mais do que na hora de darmos o troco, pois assim como a nação mais rica e mais poderosa, hoje diz em público que turistas brasileiros contribuem e muito com a economia do seu país, Espanha e Portugal estão em situações semelhantes ou piores. Gosto muito do povo português e reconheço que este país tem um grande potencial turístico, além da facilidade da língua, mas não devemos vender a  alma ao diabo por afinidade com ninguém, sei bem que a questão é política.
Talvez agora melhore um pouco a situação dos turistas brasileiros, em aeroportos, nas próprias aeronaves e nos países visitados, está mais do que provado que cada povo vale no país do outro o mesmo que vale sua moeda na bolsas de valores. E que países que vejam esses exemplos se espelhem naqueles que emergiram da miséria para ornamentar discursos de grande presidentes, olha a China ai gente. Pena que nenhum dos dois aqui citados investiram com força em educação. Imaginem se o fizessem...
Oba mãe, Obama disse que agora podemos ir a Disney, rápido antes que o Mikey sirva de bóia na China, Sei lá.
Deus Salve a América.