Às Vezes Menos é Mais.
J. Norinaldo.
“O Maior prazer de um homem inteligente é se passar por um
idiota que banca o inteligente”. Não sei se sou inteligente, mas tenho tido este
prazer supracitado; em várias ocasiões sei que estou sendo nada mais que o bobo
da corte e morrendo de rir por dentro. Conta uma lenda que um Sheik em algum
lugar da Arábia, todos os dias chamava perante os amigos um individua que era
tido como idiota e lhe mostrava duas moedas, uma grande de pouquíssimo valor 25
centavos e outro bem menor que valia um Dihan, e este escolhia a maior e todos
davam muitas risadas. Certo dia, alguém perguntou ao homem que escolhia entre
as moedas se não sabia que a menor valia muito mais e este respondeu: É claro
que sei, mas também sei que no dia que eu escolher a menor, acaba-se a
brincadeira e eu perco meus 3 pães diários. Houve uma época em que eu acreditei
que era feliz, desfilava em Capitais estrangeiras com Dólares ou outras moedas
no bolso; numa delas lembro que escolhíamos como táxi sempre carrões como
Mustang, por exemplo; frequentávamos,
finos lupanares e cassinos, mesmo não sendo rico, mas tentava gastar como um. Ao
contrário do Idiota da Arábia, pensava que tudo aqui seria eterno enquanto eu
não escolhesse a moeda menor. Acontece que eu já havia escolhido, quando
dependendo da quantidade de Dólares no bolso mudava até o jeito de andar. Manja
quem está esperando o Gerente do Banco para saber porque seus milhões não foram
aplicados em tais ações, e outro que tenta um mísero empréstimo já negado por
outros? Assim era; vim aprender muito tarde a fábula do papelzinho dobrado e
lacrado que o mestre deu ao seu discípulo dizendo: “Só o abra quando estiver tão
feliz que acredite que jamais terá felicidade maior, ou quando estiver no seu
maior desespero”. Hoje creio que hoje todos sabem o que estava naquele papel
escrito; Algo tão simples e tão sábio: “Tudo Passa”. E passou. Hoje eu tenho toda liberdade do
mundo para viajar pelo mundo e não vou quase a lugar nenhum, ganhando mais do
que ganhava naquela época, mas é fácil explicar, com muito mais
responsabilidade e contas para pagar, não há muita possibilidade para juntar o
dinheiro que joguei fora com tantas futilidades quando era jovem. Porém outro
sábio que diz: Se eu pensasse como penso agora aos 18 anos, teria perdido muito
mais que a metade da minha vida. Certa vez eu e mais uma companhia de
Fuzileiros Navais, desembarcamos de um
Avião C-130 Hercules as 08h30m da manhã, eu carregava, no inicio uma base de 26
kg 6 horas depois o peso passava de 60kg com certeza, e sem comer, só bebendo
água enquanto tinha no cantil, paramos para descansar as 18h;00. Cansei de
jogar 3 horas de futebol de salão sem sair da quadra, o time que ganhava
permanecia e eu era um grande goleador, quem me conheceu sabe disto. Hoje, para
ir ao mercado a 300 metros de casa, tenho que ir de carro. Pretendo ir a Nova
York ainda este ano, mas já pensando em caminhar um pouco e parar e a preocupação
diferente da ostentação de outrora com os dólares que tenho no bolso e no
Banco. Portanto, viva a vida sem nunca querer dar o passo maior que a perna e
aprenda que as vezes menos é mais.