sexta-feira, 3 de julho de 2015




Às Vezes Menos é Mais.
J. Norinaldo.



“O Maior prazer de um homem inteligente é se passar por um idiota que banca o inteligente”. Não sei se sou inteligente, mas tenho tido este prazer supracitado; em várias ocasiões sei que estou sendo nada mais que o bobo da corte e morrendo de rir por dentro. Conta uma lenda que um Sheik em algum lugar da Arábia, todos os dias chamava perante os amigos um individua que era tido como idiota e lhe mostrava duas moedas, uma grande de pouquíssimo valor 25 centavos e outro bem menor que valia um Dihan, e este escolhia a maior e todos davam muitas risadas. Certo dia, alguém perguntou ao homem que escolhia entre as moedas se não sabia que a menor valia muito mais e este respondeu: É claro que sei, mas também sei que no dia que eu escolher a menor, acaba-se a brincadeira e eu perco meus 3 pães diários. Houve uma época em que eu acreditei que era feliz, desfilava em Capitais estrangeiras com Dólares ou outras moedas no bolso; numa delas lembro que escolhíamos como táxi sempre carrões como Mustang, por exemplo;  frequentávamos, finos lupanares e cassinos, mesmo não sendo rico, mas tentava gastar como um. Ao contrário do Idiota da Arábia, pensava que tudo aqui seria eterno enquanto eu não escolhesse a moeda menor. Acontece que eu já havia escolhido, quando dependendo da quantidade de Dólares no bolso mudava até o jeito de andar. Manja quem está esperando o Gerente do Banco para saber porque seus milhões não foram aplicados em tais ações, e outro que tenta um mísero empréstimo já negado por outros? Assim era; vim aprender muito tarde a fábula do papelzinho dobrado e lacrado que o mestre deu ao seu discípulo dizendo: “Só o abra quando estiver tão feliz que acredite que jamais terá felicidade maior, ou quando estiver no seu maior desespero”. Hoje creio que hoje todos sabem o que estava naquele papel escrito; Algo tão simples e tão sábio: “Tudo Passa”.  E passou. Hoje eu tenho toda liberdade do mundo para viajar pelo mundo e não vou quase a lugar nenhum, ganhando mais do que ganhava naquela época, mas é fácil explicar, com muito mais responsabilidade e contas para pagar, não há muita possibilidade para juntar o dinheiro que joguei fora com tantas futilidades quando era jovem. Porém outro sábio que diz: Se eu pensasse como penso agora aos 18 anos, teria perdido muito mais que a metade da minha vida. Certa vez eu e mais uma companhia de Fuzileiros Navais, desembarcamos de  um Avião C-130 Hercules as 08h30m da manhã, eu carregava, no inicio uma base de 26 kg 6 horas depois o peso passava de 60kg com certeza, e sem comer, só bebendo água enquanto tinha no cantil, paramos para descansar as 18h;00. Cansei de jogar 3 horas de futebol de salão sem sair da quadra, o time que ganhava permanecia e eu era um grande goleador, quem me conheceu sabe disto. Hoje, para ir ao mercado a 300 metros de casa, tenho que ir de carro. Pretendo ir a Nova York ainda este ano, mas já pensando em caminhar um pouco e parar e a preocupação diferente da ostentação de outrora com os dólares que tenho no bolso e no Banco. Portanto, viva a vida sem nunca querer dar o passo maior que a perna e aprenda que as vezes menos é mais.

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