terça-feira, 2 de maio de 2017




O Marimbondo e o Eleitor.
J. Nori.


Entrei em minha sala, abri a janela e não vi que nesse movimento prendi um marimbondo vermelho entre os vidros, da minha mesa o vi andando apressadamente em todas as direções e pela posição que estava pude ver que o prendera; e é uma situação que as vezes em sonho me deixa em grande aflição. Levantei-me fechei novamente a janela para que voasse, mas nada, ele procurava o local onde estava, em dado momento, quando escondeu metade do corpo no vão da janela, o peguei pelas asas para coloca-lo para fora, ele se virou e ganhei uma doída ferroada. Coloquei o marimbondo para fora, que saiu voando tranquilamente, e fiquei aqui pensando, que por não pensar, ele deveria ter feito a coisa certa; errado seria eu se to tivesse esmagado. Será que nós pobres somos marimbondos na hora de vortamos? Encontramos algo com várias opções de liberdade, de alegria e felicidade, e uma mão que nos aponta qual a opção certa e nessa metemos nosso doído ferrão; na certeza que não seremos na hora esmagados, porque um sábio sabe que este seria o instinto de um marimbondo? Diferentemente do Marimbondo, não voamos, mas podemos aprender, não a voar, mas a Votar e muito mais, a ser votado; porque na verdade o Ninho de Zangões que se formou em nossa Capital amada, nem de longe condiz com o número de mãos ferroadas.

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