Polemica a Parte.
J. Norinaldo.
Assisti nesta sexta feira dia 16 de março do corrente, a aula inaugural
do curso de relações publicas da Unipampa São Borja Rs. Após algumas
apresentações teatrais, veio a palestra de um jovem professor que versava sobre
a importância dos museus. Chamou-me a atenção, quando em certo momento da
brilhante palestra, o mesmo mencionou o privilégio de se chegar a universidade,
citando como exemplo a população do
brasil e a percentagem que consegue tal proeza. Lembro-me falou em 165 milhões
de habitantes, para uma percentagem de 500 mil privilegiados. Não foi é claro o
primeiro e nem será o último a citar tal privilégio, tampouco foi à primeira
vez que ouvi e nem será a última.
Também falou na importância da
descentralização do ensino superior gratuito, evitando que jovens de pequenas
cidades como a nossa, tenham que se deslocar para grandes centros com esse fim.
Foi brilhante durante o discorrer da palestra, mostrando que realmente dominava
o assunto, e fiquei a imaginar, se quando viessem as perguntas dos ouvintes,
levantasse o braço e perguntasse: Professor, o que o senhor acha, ou pensa, já
que foi tão importante essa descentralização do ensino superior gratuito, isto
é, com a criação de várias universidades em cidades onde só havia cursos
superiores em universidades particulares ou nem essa, portanto inviáveis a
população de baixa renda, maioria absoluta neste país, sonho esse, realizado
exatamente por alguém que nunca fez parte dessa minoria privilegiada de cruzar
a fronteira, ou os muros de alguma universidade, particular ou Federal?
Outro assunto repetido várias
vezes, os museus só terão, ou trarão os resultados esperados, se as universidades
se apropriarem da gestão dos mesmos, no caso aqui, principalmente os museus dos
presidentes, já que esta cidade foi berço de dois presidentes que fazem parte
da história politica desta nação. Portanto falou-se exaustivamente sobre o
Presidente Getúlio Vargas e João Goulart, em nenhum momento, no entanto ouvi o
nome do presidente que trouxe a essa cidade a primeira universidade federal,
aquele que nunca frequentou uma, e outro dia, um amigo meu, historiador,
pesquisador e escritor, comentava que o sucessor politico de Getúlio era o Lula, e alguém o repreendeu: Ora! Não dá para comparar o Presidente
Getúlio Vargas com um analfabeto.
Também ouvi, não inventei nada, um
ilustre são-borjense contando que falava exatamente sobre esse assunto, quando
alguém retrucou: Também! Grande universidade que ele mandou para são Borja,
apenas duas ou três disciplinas. E que este ilustre são-borjense respondeu
sabiamente: Ora! É só juntarmos com as dosciplinas que trouxeram Getúlio e Jango e teremos
uma excelente universidade, quem sabe a melhor do país.
Como assisto as vezes aulas
inaugurais de universidades atendendo a convites coletivos, desta vez fui convidado
pelo palestrante, após entrevista-lo no programa “Armazém da Cultura” Pela
Rádio Ipê 107.7 FM de são Borja, e não fazer parte da população privilegiada
dessa nação, também fiquei feliz em ver, jovens como professores universitários,
quando tempos atrás isto significava pelo menos os cabelos das têmporas
brancos.
Ah! Será que viverei para visitar o Museu do Lula
lá em Caetés? Afinal é bem pertinho do lugar onde nasci.
Nem precisava dizer que não
frequentei nenhum curso superior não é mesmo? É só verificar os erros deste
pequeno texto. Fazer o que? Eu Gostio de escrevinhar.