Uma Pose para a Posteridade.
J. Norinaldo
Uma pose para o Face de uma face
carcomida pelo tempo, um sorriso de inocência maquiado de malícia e a podridão
do mundo ensinando o que não deve o tempo todo. A face carcomida pelo tempo,
não pelo tempo vivido, mas pelo tempo encurtado pela volúpia atual, normal em
certas cabeças podres. A musica dos jovens hoje é somente barulho e convite ao
sexo, existem ainda pessoas que por nada do mundo diriam em voz alto e em
público o que ouvimos em verdadeiras tempestades de decibéis que só faltam nos
arrebentar os tímpanos; muitas vezes quando alguém comenta, os pais dizem: Ora!
Não vais querer que crie meus filhos como fui criado, verdadeira escravidão.
Quiçá no tempo da escravidão podia-se ver uma menina nessa idade precisando que
alguém lhe cuide da vida, carregando no ventre outra vida; pois não tinham
escolhas, eram tratadas como animais irracionais, para alguns nem alma tinham e
pelo andar da carruagem não sei se a temos hoje. Um sorriso de inocência
maquiado de malícia, por que em muitas meninas nessa idade felizmente isto não
é motivo para sorrir, principalmente de alguém que ainda precisa de cuidados
básicos já ter a incumbência de cuidar de uma criança quando tempos atrás ainda
tinha muito tempo pela frente para cuidar das bonecas.
A culpa? Do governo, vi
comentários que a é do governo, da falta de educação, seria mesmo o governo
encarregado de educar os meus filhos e os seus; há algum tempo estive fazendo
uma palestra num grande colégio , e a
diretora me dizia: uma coisa muito importante que conseguimos senão totalmente
pelo menos diminuímos muito foi a incidência de sexo na escola; causou-me
espécie a tranquilidade do diálogo, pois logo fiquei sabendo que havia ali um
cantinho escuro intitulado Beijódromo”, e por certo não se ficava só no beijo.
O governo providenciou a escola, os mestres, a merenda, mas é pouco, tem que
vigiar também as pernas das meninas e as pistolas dos tarados, além de ir a
sala de aula coibir os fones de ouvidos que destilam porcaria e sacanagem o
tempo todo; assim como uma mensagem subliminar, você vai para o recreio, louco
para comer alguma coisa, porém não sabe o que é, ver a menina vestida como
mulher, pois hoje a coisa é bem assim, meninas se vestem de mulheres e mulheres
se vestem de mina, pois a concorrência é desleal para os tarados, e ai,
junta-se a fome e a vontade comer, comem e ai está o resultado mais um filho da
irresponsabilidade que bem poderia se chamar incógnita, quem é capaz de
predizer um futuro para essa criança; os pais, que dizem estufando o peito e
muitas vezes com o maior bafo de onça: não vai lhe faltar nada; como se fosse
preciso apenas carinho e boia, carinho as vezes coisa rara, pois só faz que o
conhece, quem o recebeu.
Ah! Outra coisa, o pai já
assumiu, sumiu por enquanto é claro, é um bom rapaz, e vai aparecer quando a
criança necessitar. Outro dia, estava num sítio, e vi uns bugios enormes
maltratando um filhotinho, atirei umas pedras e o deixaram em paz, mas todo
ensanguentado, o dono do tal local me explicou, que os machos matam seus
próprios filhotes para que a fêmea entre rapidamente no cio; quem sabe o pai
realmente apareça...
A melhor escola é a vida, concordo
desde que se saiba que não existe uma única sala, você pode escolher a sua;
antigamente esta escolha tinha um tempo certo, quando se atingia a maioridade,
hoje muitas vezes se é obrigado a escolher sem saber sequer o que é maioridade.
Uma pose para a posteridade de
uma mulher que quando realmente chegar a idade de assim ser chamada, já terá um
filho ou uma filha na idade de cometer a mesma loucura cometida, por culpa do
governo, que apenas dá a escola, mas não vigia os alunos o tempo todo para
coibir pensamentos e atrevimentos precoces; e ainda por cima fica compondo
lepo, lepo, feto feto, neto neto, e as TVS ganhando mares de dinheiro exibindo
tudo isto e mais o BBB.
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