A Melhor Idade.
J. Norinaldo.
Para muitos, hoje eles estão na
melhor idade, agora se quem está na idade deles, mesmo não tendo uma vida de
glamour que tiveram de dinheiro, mulheres fãs e muito luxo e se sentir
realmente feliz na idade que está? Em minha opinião a melhor idade com certeza
foi a das primeiras fotos, terá sido? E esta minha certeza de onde vem? Existe
um aforismo que diz: “A Felicidade está onde se acredita que esteja”. Será? E o
que realmente será a felicidade? Um momento de grande alegria, inesquecível?
Lembro-me que quando fui tirar minha Carteira de motorista, o despachante um
amigo meu, foi a minha casa e me disse: Vamos comigo, vai haver prova para
motoristas e tu vais fazer sem nenhum compromisso de passar, na verdade o mais
certo é não passar pois eu não te avisei para ficares preparado; mas já ficarás
sabendo como é e na próxima já tens uma ideia. Eu fui e passei. Ai vem o pior, eu
quase fiquei louco e deixo minha mulher louca tentando aprender a fazer balizas
numa estrada, ela com cabos de vassouras e tijolos e eu quase me desidratando e
dizendo os piores impropérios, quem me conhece sabe como sou, e cada vez mais
bravo por ouvir ela dizer que não tinha
culpa de nada, verdade, e quem iria tirar a carteira era eu. Quando ia saindo
da sala de aula, um dos instrutores perguntou se eu ia para o local das
balizas, nem sei porque respondi que sim; ele então me pediu o favor de
entregar um envelope a outro que lá se encontrava. Nisso, uma moça muito
bonita, perguntou-se se não lhe daria uma carona até o local, claro que dei e
passei de certa forma a acreditar em milagres. Eram aproximadamente 11:30m, ela
entrou no carro perguntou se eu iria fazer baliza e eu lhe respondi que talvez
não; expliquei a ideia do meu despachante e a minha fobia pela tal de baliza.
Ela então disse-me: Vamos fazer o seguinte, daqui a pouco os instrutores param
para o almoço e eu te ensino um macete que você fará na primeira vez e nunca
mais esquecerá. Não acreditei, mas além da moça ser bonita não me restava
alternativa. Assim que o ambiente ficou deserto, ela disse, liga o carro e
vamos dar uma volta, isto eu sabia fazer, dobra a esquerda, eu dobrei, ela
disse: pode parar está reprovado, contra mão; mas você mandou! É o que eles
farão, tem que ter cuidado, depois mandou que eu parasse numa subida e depois
arrancasse sem deixar o carro descer. Em fim fomos paras as tais balizas, ela
fez a primeira vez e numa velocidade louca, e perguntei: Não vai querer que eu
tenha aprendido algo vai? Não disse ela, assume o volante agora, e foi me
dizendo o que fazer; quando chegou ao
final e a parte mais difícil ela disse: Tá, agora desce e vai ver o que
fizestes. Eu não acreditava no que via, o carro estava quase colado ao meio
fio. Agora sozinho, faze o que disse e repete quantas vezes quiseres. Fiz
várias vezes e fui levar a moça em casa. Na hora que terminei o exame e o
instrutor me disse: Quinta feira pode ir ao Detran pegar sua Carteira, eu olhei
para todos os lados, procurei, esperei e não encontrei a moça; o que me deixou
um tanto preocupado. Seria a felicidade? Não era, dias depois a encontrei num
Banco, ela me sorriu e perguntou: E a carteira? Fiz questão de mostra-la e só
ai pude agradecer aquele momento de felicidade que com certeza jamais vou
esquecer. Veja, o que lembro como um grande momento de felicidade, Tão simples
não? Não sei, imaginar o Bud Spencer que adorava bater forte, hoje ao tentar
espantar uma mosca soltar um grito de dor, pela artrose aqui e ali, sei não. Eu
não acredito nessa melhor idade, sinal de que felicidade para mim já era. Certa
vez desembarquei de um avião Hércules da Fab as 08;30m da manhã e caminhei até
as 16;00h com na saída 20kg nas costas duas horas depois 60 e 8 imaginem
quantos... Agora, lendo que no Aeroporto John Keneddy, em NY tenho que está
preparado para caminhar 10 minutos; vibrei com a alternativa de uma cadeira de
rodas; Seria a felicidade de rodas????