domingo, 13 de julho de 2014

Me Expliquem a Depressão, quem teve e como saiu, por favor.
J. Norinaldo.



Eu vivo dizendo que Graças a Deus nunca dei dinheiro a nenhum traficante de Cocaína, pelo menos ciente do que fazia ou fiz uso de tal desgraça, pois não é que um sonho hoje me desmentiu com todas as letras; de certo modo sei que pelas tabelas já ajudei um pouco, jogo de bicho, caça níqueis e outras bobagens. Pois é, certa vez morava num outro estado e tinha um fusquinha 68, sai de casa em busca que coentro para a mulher fazer um peixe que ganhara de um amigo, só faltava o coentro e sem ele não sai peixe nesse estado supracitado. De repente cai um toró daqueles, chovia realmente a cântaros, digo isto, mas não sei o que é chover a cântaros, sei que cântaros são grandes e belos vasos orientais, talvez queira dizer que  ao invés de pingo são jogados cântaros d’ água sobre a terra, pois bem vinha eu por uma estrada solitária e também de terra, quando avistei um moça muito bonita, pelo menos dava para notar o corpo já que estava de costas para mim e não a reconheci no momento, até porque chovia demais. Quando me aproximei, vi constrangido, que era uma conhecida, filha de um conhecido e que seu vestido fino colara totalmente ao corpo a deixando quase totalmente nua, era por volta de 0930 da manhã. Não pensei é claro, parei o fusquinha e lhe ofereci uma carona com a s melhores das intenções, apesar do cenário que vi ser capaz de enlouquecer qualquer um que goste de uma mulher. De repente ela puxa conversa, poxa, vou emporcalhar seu carro, desculpa, o que posso fazer para pagar isto? Ora! Respondi, não foi por que quis, eu jamais poderia deixa-la nessa situação e sabendo que ainda falta um bom pedaço para chegar a cidade. E foi ai que veio a bomba, ela olhou para meus olhos e perguntou: antes de entrar no carro, pensa que não vi a maneira que me olhou? Gostou do que viu? Afinal eu vira quase tudo, tremendo respondi que sim, ela então me convidou a fazer a volta, havia uma velha tapera a uns 500 metros para trás num lugar deserto e me disse que com um pouco de carinho poderia esquenta-la, só que adiantou, mas não só pela carona, acho que valho mais, e valia inclusive o fusca que não era lá essa coisas. Perguntei o que mais deveria fazer e ela prontamente respondeu: Pagar-me algumas gravatinhas, não precisa ser sempre, mas quando tiver condições e ai repetiremos o de hoje caso seja do seu desejo mesmo sem chuva, era. Eu só não tinha a menor ideia o que diabo eram gravatinhas, a não ser essas normais que crianças ainda usam na escola, raro, mas ainda usam. Para não parecer otário total, o que realmente era, em vez de perguntar o que era eram as tais gravatinhas, perguntei o preço de cada uma e quantas ela exigia para ser devidamente aquecida, desta vez incluída a carona na chuva. RS 10,00, você me daria o dinheiro para cinco ou dez agora, e quando quiser novamente é só me telefonar. Meu dinheiro era exatamente RS 40,00 entreguei para ela, nunca mais vou esquecer aquele aquecimento e outros que vieram em situações mais favoráveis; cheguei em casa sem uma folha de coentro, ainda tentei depois encontrar alguém que me emprestasse dois ou 3,00 mas com tanta chuva, a mulher colocou o peixe de volta ao freezer, e agora apouco eu sonhei com esta linda, era realmente linda morena que veio a falecer no presído. Uma triste história que a vida resolve nos relembrar justamente quando passo por um período horrivelmente depressivo. Por aqui também chamam gravatinha? Igual eu sei que é e se cheira da mesma forma. Ora Gravatinha... Não vou contar o sonho, ficaria cansativo, mas sonhei que encontrava com ela, mais linda do que era, numa paisagem lindíssima, um sol belo e um céu muito azul e eu lhe perguntava, não a estou vendo de gravata, que tal uma gravatinha: Ela me olhava com muita tristeza e respondia: Desde que aqui cheguei não uso mais, parei, tarde demais, ou afinal elas me pararam. Mesmo assim obrigada pela carona. Sinceramente para quem está  numa terrível depressão passarei a ter pavor de dormir, já ando tomando remédio para isto, vou joga-lo fora toda noite. Ah! Fui ao seu sepultamento, não vi, o Fusquinha também não foi, estava esquentando muito para ir tão devagar, um amigo que me deu a carona, vendo que não me segurara e chorara o tempo todo perguntou. Tinhas algo com essa moça? Claro que não, apenas me recorda algo igual que aconteceu longe daqui.

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