quarta-feira, 6 de julho de 2016





Meu Deus!

J. Norinaldo


Contam que as últimas palavras de Frank Sinatra, para mim o maior ídolo musical de todos os tempos fora: “Meu Deus”! Como se não acreditasse no que estava acontecendo, ele, uma estrela, quiçá a  maior morrendo. Hoje eu saia do Banco quando encontrei uma pessoa que conheci faz muitos anos, parou me cumprimentou e me falou dos seus problemas de saúde, perguntou como andava a minha; depois seguiu seu caminho devagar, um caminho em que eu já o vira caminhar tão rápido, tão bem acompanhado em direção ao Clube hoje tão velho e abandonado quanto meu velho amigo, antes tão badalado, tão bem frequentado; bem na esquina da casa de um Presidente da República. Sai dirigindo com cuidado, mesmo assim ouvi algumas buzinadas na retaguarda, deveria vir divagando e divagar quase parando atrapalhando os jovens em seus carrões. A noite, como faço sempre, antes de dormir coloco algumas músicas que gosto muito, não muito atuais como a que ouço agora no momento “Conquest of Paradise”; e na sequencia ouvi La Paloma Die com Michele Mathieu, cantora francesa que encantou minha distante juventude não muito alegre ou feliz; lembrei-me de suas lindas feições, ainda tive o prazer de ter em meu parco repertório 2 ou 3 LPs dela, a achava linda, e era. Depois ouvi Frank Sinatra com My Way, tive o prazer de ouvi-lo cantar no Maracanã, mesmo a distancia sendo tanta, senti-me no Paradise. Outra vez Dana Winner com The soud of silence; só deveria ter bons sonhos não é mesmo? Nem sempre, quando Michele Matiheu me encantava e me fazia pedir mais uma, garçom, eu era um pouco mais jovem que ela, essa diferença não mudou, o que mudou fomos nós; assim como meu amigo na saída do banco; que me perguntou se já lera o livro que me emprestara, sendo que a primeira vez que ouvi falar em tal livro foi realmente ali, na frente do banco; senti vontade de chorar, mas não chorei. Será que vale a pena tanto orgulho, tanta vaidade, tanta soberba em certa fase da vida, sabendo que sem certeza quando se chegar à época a que me refiro; quando as pessoas quando se encontram não deveriam perguntar: Como vai? E sim Onde é que dói? Não sei, e nem sei se alguém lerá e o que pensar se o fizer. Sabe, eu já caminhei por 10 horas, equipado com 30 kg e hoje estou caminhando para tentar uma viagem de sonhos e já me avisaram, aqui tu vais caminhar bastante. Estou batendo meu próprio Record, caminhando 8 quarteirões, espero até outubro, época da viagem está caminhando pelo menos 3 km. Alguém já disse: Aqui não é lugar para se desnudar a alma, para desabafo, eu o faço por necessidade, não espero ser lido e compreendido; enquanto escrevo tenho a certeza que a artrite ainda permite tal ventura e a cabeça ainda lembra aquém emprestei o livro que para mim era importante; não preciso perguntar a todos que encontro e que conheço ou penso que conheço, na esperança de acertar. Quiçá tal livro nem exista, a não ser na cabeça já sem muito o que perguntar.... Bem para terminar, Frank Sinatra voltou com Let Me Tray Again. Não o deixaram tentar, mas mesmo assim seu pedido foi e será sempre lindo. Boa Noite e lindos sonhos, quem sabe neles você consiga permissão para tentar outra vez; bons sonhos e boa noite...Eu já dei boa noite?

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