sexta-feira, 18 de novembro de 2011



Quando o crime Compensa. Será?

J. Norinaldo.

Lendo no UOL a reportagem sobre a Xerifa da Rocinha, pude ver quanto espaço a mídia dispensa ao crime, com toda certeza essa mulher servirá de estereótipo a muitas meninas bonitas, bem nascidas ou não. Caso seja presa e nada a justiça tenha contra ela, a não ser a beleza corporal e a falta de neurônios, posará nua para alguma revista masculina e continuará não mais como Xerifa, mas sim como rainha; e isto não passa de maneira nenhuma despercebido por milhares de moças bonitas e com as mesmas características. Num recente concurso de Miss Universo, aqui mesmo neste portal, se mostrou moças que tentavam representar a beleza universal, que já haviam se envolvido com traficantes; não sei dizer se em tais concursos o histórico tem algum valor, ou se o moral também é jugado. Sempre pensei o seguinte: Quando vemos nos meios de comunicações, grandes astros, pessoas milionárias, belas e famosas envolvidas com uso de drogas, isto passa uma mensagem nada subliminar que se estas realmente fossem ruins, só quem usaria seriam os pobres e os loucos, por isto hoje o planeta sofre de um câncer para mim incurável. Uma “vez ouvi de um bandido a seguinte frase:” Posso até viver pouco, mas viverei como quero”. E eu me pergunto: Será que muitos não pensam o contrário? Valeria a pena viver muito tendo como única droga a vida? Quem sabe depois da Xerifa da Rocinha, e como citei acima pela falta de neurônios suficientes, não apareçam: a princesa do Morro do Alemão, a rainha do Dendê e tantas outras preciosidades que ornamentam o crime. Nos chats da Internet com certeza aparecerão meninas com Nikname de Xerifa da Rocinha, e isto significa algo, ou quem sabe não consiga até um Fâ Club.

Mas afinal, qual seria o crime da Xerifa? Mandar espancar uma moça que a chamou de Viúva Negra? Nesse país onde uma mulher é espancada a cada minuto impunemente? Talvez seja processada por preconceito, caso venha a declarar que foi do Negra que não gostou. Pelo que sei, amor bandido faz muito sucesso com algumas duplas certanejas.Em fim, apesar de reconhecer a minha insignificância, também estou dando espaço a ela. Não sou de ferro.

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