quarta-feira, 30 de novembro de 2011


Ser ou Não Ser, Eis a Confusão.

J. Norinaldo.

Eu estava no Rio de Janeiro, servindo em um quartel dos Fuzileiros Navais, e como deixara a família em Mato Grosso do Sul, morava praticamente no quartel, e após o expediente tinha todo tempo livre. Surgiu um curso de inglês para os oficiais e como eram poucos completaram com os sargentos que quisessem fazer o tal curso. Eu entrei, fiz um curso muito bom, com uma excelente professora e já me considerava falando fluentemente a língua. Fui para a reserva e não tive oportunidade de continuar praticando; hoje 15 anos depois não falo quase nada e nem entendo tampouco.

O que gostaria da saber na realidade é o seguinte: nunca houve em nosso país tanta facilidade para se entrar numa faculdade, nossa cidade, por exemplo, que há 4 anos ganhou uma faculdade Federal, portanto está formando a terceira turma de comunicação, temos nesta cidade dois jornais semanais, dos quais nem todos que escrevem são remunerados, aliás a maioria, alguns desses jornalistas saem daqui para fazer mestrado ou outros cursos em outras cidades, mas o certo é que a maioria fica mesmo aqui, fazendo o que?

Conheço pessoas formadas e que nunca exerceram a profissão, conheci médicas vendendo roupas ou coisas vindas do Paraguay, conheci psicólogas vendendo mel e jornalistas encarregadas da merenda em uma escola. Será que estamos pagando com nossos impostos, universidades que fornecem um diploma que só serve para colocar alguém uma cela especial caso venha a ser preso? Que queremos apenas estatísticas, mostrarmos que temos grande número de jovens nas universidades para nada?

Já fui muito bom com as palavras cruzadas, outro dia, uma amiga minha, bacharel em direito, se encontrava fazendo uma e faltavam poucas a serem fechadas, uma dessas, por incrível que pareça era: “habeas Corpus”, porém ela não completara por que escrevera “Abeas Corpos”. Por falta de intimidade ou por vergonha, apenas lhe disse: às vezes erram e ai, é impossível completarmos, mas a resposta vem no próximo número, e cai fora apavorado. Um advogado amigo meu, contou-me que uma colega numa reunião de doutores, disse: que absorvera seu primeiro cliente, o que de certa forma não prova a total ignorância da doutora se esta se referiu a ter engolido seu cliente, o que é plausível. Não pela garganta, ou também por ela.

Falando de Comunicação e Direito, até que dá para aturar certas coisas como acima citado, porém em Medicina a coisa fica mais crítica, imaginem que li numa Revista especializada dos Estados Unidos, um artigo de um médico onde dizia o seguinte: “A maior causa de morte no mundo, não é o câncer, a Aids, ou Enfarto, e sim os médicos”. Eu acredito que dar para entender.

Ah! Alguns erros encontrados neste texto peço sua indulgencia e absolvição, não tive oportunidade ou pertinácia suficiente de estudar, pelo menos para chegar a uma universidade. Bem que sonhei muito com isto.


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