domingo, 4 de dezembro de 2011



Adeus Sócrates.

J. Norinaldo.

Sócrates levou hoje um calcanhar da vida,

Sua jogada preferida que tantos nos encantou,

A solidão não driblou, e hoje é sua despedida,

Tentou mas não conseguiu aquele último gol...

Não pode correr para o abraço da derradeira partida.

Quem sabe um árbitro mais severo,

Sincero como o reflexo de um espelho,

Que atua acima das quatro linhas;

Quem realmente manobra o timão,

Lhe deu, o ultimo cartão vermelho.

Adeus Sócrates e tua taça de cicuta,

Hoje tua nação escuta um choro bem diferente,

O timão pode até ganhar o brasileirão;

Mas perdeu um Corintiano que deu alegria a gente,

Vai com Deus, leva contigo a Faixa de Campeão.

A morte é traiçoeira não se avisa: olha o ladrão!

Pega a bola com a mão mesmo não sendo goleiro,

Tentastes a democracia, doutor do belo comício,

Mas não convencestes o vício, o verdadeiro atoleiro,

E o teu último grito se ouviu no precipício.

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