José Pereira Alvarez.
Estejas onde estiveres, a
admiração pelos teus bons exemplos por aqui ainda continua de Pé; pena para
tantos políticos segui-los não dá lucro,
não enriquece ninguém.
Ontem, dia 28 do corrente,
participei como assistente de uma homenagem a um político falecido há algum
tempo na cidade em que moro, foi vereador, interventor, prefeito e deputado
estadual; não é a primeira homenagem a esse homem que vou, porém foi a primeira
vez na vida que ouvi um discurso de um de seus adversários políticos, para ser
sincero como nunca ouvi um aliado fazer alusivo a um dos seus pares, a um dos
seus militantes de Sigla, vivos ou não. E fiquei ali pensando: o Brasil ainda
tem jeito, logo em seguida me veio a desilusão; interessante que pensei a mesma
coisa, ou algo semelhante quando ouvi Frank Sinatra cantar; será que depois que
esta voz se for, ainda terei ou teremos a felicidade de ouvir algo igual? Não!
No meu eterno pessimismo não há jeito, pelo menos a curto prazo, pois é
necessário muito tempo para se descobrir um homem como José Pereira Alvarez. Eu
na verdade já conhecia essa opinião de um ferrenho adversário do homem
supracitado; certa vez conversando com alguém, lhe contei que o Juca havia me
chamado e feito uma promessa, ainda tenho duas testemunhas oculares. E este
adversário que me confessou que jamais votaria no Jucão, simplesmente por
ideologia, herança vida de longe me disse: Olha! Então pode contar com isto, o
Jucão não é de fazer promessas que não pretende cumprir. Nunca vou esquecer
isto; ontem, ouvindo o belo discurso do Dr. Sérgio Rebés Guimarães, tive a
certeza que aquela pessoa sabia muito bem o que dizia.
Havia um comandante americano que
dizia o seguinte: Eu não troco um bom soldado por nenhum navio ou moderno
avião; até porque, qualquer um desses artefatos se faz em no máximo 3 anos
dependendo da pressa, e um soldado leva no mínimo 20 para se formar; por isto
mesmo, seguindo esta premissa, talvez até existam por ai, acredito que existam
homens e mulheres com a retidão de caráter do Jucão, com a honestidade sem
alarde por acreditar que ela tem que ser regra, não exceção; o problema todo é
descobrir e acreditar, no Jucão eu acredito porque vi, vivenciei, por que tive
o privilégio de um dia, ter ouvido dos seus lábios a palavra amigo, a mim
dirigida. Nunca fomos amigos íntimos e o Juca ou o Dr. José Pereira Alvarez nunca
me deu um cigarro sequer; mas me deixou um legado, maior que qualquer tesouro,
para mim e para quem quiser usar, pois não ocupa espaço, não paga imposto e é
simples de verdade, uma pequena lista de palavras, mas não só palavras,
atitudes terminadas em dade: “Hombridade, Sinceridade, Amizade e
principalmente, Honestidade.
Na saída da cerimônia alguém disse:O
Sérgio falou bem, mas falou muito tempo. E mais uma vez eu pensei: Este orador,
somente abriu a boca e travou, se fosse falar tudo, tudo que ele sabe e viu do
Jucão, a Camara de Vereadores de São Borja iria virar hotel.
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