sexta-feira, 28 de março de 2014



José Pereira Alvarez.


Estejas onde estiveres, a admiração pelos teus bons exemplos por aqui ainda continua de Pé; pena para tantos políticos  segui-los não dá lucro, não enriquece ninguém.

Ontem, dia 28 do corrente, participei como assistente de uma homenagem a um político falecido há algum tempo na cidade em que moro, foi vereador, interventor, prefeito e deputado estadual; não é a primeira homenagem a esse homem que vou, porém foi a primeira vez na vida que ouvi um discurso de um de seus adversários políticos, para ser sincero como nunca ouvi um aliado fazer alusivo a um dos seus pares, a um dos seus militantes de Sigla, vivos ou não. E fiquei ali pensando: o Brasil ainda tem jeito, logo em seguida me veio a desilusão; interessante que pensei a mesma coisa, ou algo semelhante quando ouvi Frank Sinatra cantar; será que depois que esta voz se for, ainda terei ou teremos a felicidade de ouvir algo igual? Não! No meu eterno pessimismo não há jeito, pelo menos a curto prazo, pois é necessário muito tempo para se descobrir um homem como José Pereira Alvarez. Eu na verdade já conhecia essa opinião de um ferrenho adversário do homem supracitado; certa vez conversando com alguém, lhe contei que o Juca havia me chamado e feito uma promessa, ainda tenho duas testemunhas oculares. E este adversário que me confessou que jamais votaria no Jucão, simplesmente por ideologia, herança vida de longe me disse: Olha! Então pode contar com isto, o Jucão não é de fazer promessas que não pretende cumprir. Nunca vou esquecer isto; ontem, ouvindo o belo discurso do Dr. Sérgio Rebés Guimarães, tive a certeza que aquela pessoa sabia muito bem o que dizia.
Havia um comandante americano que dizia o seguinte: Eu não troco um bom soldado por nenhum navio ou moderno avião; até porque, qualquer um desses artefatos se faz em no máximo 3 anos dependendo da pressa, e um soldado leva no mínimo 20 para se formar; por isto mesmo, seguindo esta premissa, talvez até existam por ai, acredito que existam homens e mulheres com a retidão de caráter do Jucão, com a honestidade sem alarde por acreditar que ela tem que ser regra, não exceção; o problema todo é descobrir e acreditar, no Jucão eu acredito porque vi, vivenciei, por que tive o privilégio de um dia, ter ouvido dos seus lábios a palavra amigo, a mim dirigida. Nunca fomos amigos íntimos e o Juca ou o Dr. José Pereira Alvarez nunca me deu um cigarro sequer; mas me deixou um legado, maior que qualquer tesouro, para mim e para quem quiser usar, pois não ocupa espaço, não paga imposto e é simples de verdade, uma pequena lista de palavras, mas não só palavras, atitudes terminadas em dade: “Hombridade, Sinceridade, Amizade e principalmente, Honestidade.

Na saída da cerimônia alguém disse:O Sérgio falou bem, mas falou muito tempo. E mais uma vez eu pensei: Este orador, somente abriu a boca e travou, se fosse falar tudo, tudo que ele sabe e viu do Jucão, a Camara de Vereadores de São Borja iria virar hotel.

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