Jornalismo ontem e Hoje.
J. Norinaldo.
Antigamente assim era feito um
Jornal, Centenas de gavetinhas repletas de tipos de chumbo, ou seja, letra
confeccionadas em chumbo, uma peça chamada
componedor na mão de um profissional, que ia apanhando as letras e formando as
palavras, quando pronto o que se chamava chapa, aquilo era amarrado, por vezes
tinha fotos feitas em pequenas chapas de bronze, como se fazia eu não sei tudo
era nivelado, amarrado e preso a uma maquina de ferro que se movia abrindo e fechando
um rolo de tinta passando sobre um circulo de ferro onde era abestecido de
tinta, o profissional tinha que ter
muita prática para não perder a mão. Por isto um jornal naquela época carente
de todas as facilidades que tem hoje, escrevia a noticia com rigor, somente o
que merecesse ser informado era informado. Hoje, qualquer um faz um jornal
colorido, escrevendo na velocidade que tem nos dedos e as minhocas que tem na
cabeça, coloca na Iternet e o mundo inteiro ver. Por isto, deixei de assinar
vários jornais, pois briga pela concorrência é quem escreve mais besteiras, e qualquer
um é jornalista. Ainda bem que ainda não sei por que, acadêmicos da primeira
Universidade Federal do Pampa, dificilmente arriscam algo jornalístico, se
contentando em copiar e colar artigos de outros já publicados, alunos de Ciências
Políticas pelo contrario escrevem e a meu ver coerentemente assuntos plausíveis.
Conheci li jornalistas como Sandra Cavalcante, David Nasser, Carlos Lacerda e
tantos outros, sou fã até hoje da Tereza Cruvinel. Na minha cabeça se passava que numa rede
social, eu que não tive chance de ultrapassar os muros de uma faculdade,
aprenderia bastante com essa turma, me dei mal; mas em compensação estou tendo
aulas de antropologia gratuitas, diploma sei que não me darão, os tipos de
chumbo nunca mais voltarão, graças a Deus, imagina quando um jornal se invocava
com outro mandava empastelas a tipografia;
sabe o que quer dizer isto? Misturar todas aquelas letrinhas, que
horror. Mas também, jornalismo sério por que dava trabalho e era feito por
homens que valorizavam a profissão, só quando o lobo mal comer os três porquinhos,
ou o Sargento Garcia prender o Zorro.
Nas Cidades do interior, onde os jornais não chegavam, o jornalista era
o caixeiro viajante, que por vezes mensalmente por ali passava vendendo suas bugigangas,
e ai era rodeado por curiosos carentes do noticias do mundo lá fora, muitos
traziam jornais velhos e revistas estrangeiras muitas vezes com um ano de atraso
que tinham um imenso valor. Não! Não sou pessimista, acredito que modernismo
mudou, porém mudou para pior.
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