domingo, 12 de outubro de 2014



1.       É claro quer seria muita ingenuidade esperar que as classes dominantes criassem mecanismos capazes das classes dominadas conseguissem uma educação que pudesse ver as desigualdades sociais de for crítica; sendo ingenuidade é quase impossível que algum dia isto venha a ocorrer, a não ser que esse própria classe oprimida faça por si o que espera que faça a classe dominadora. Existem meios, existem, é necessário uma revolução armada onde  uma das classes fosse totalmente massacrada por falta justamente de igualdade e o que restasse voltasse a estaca zero, e pior, como perdedores? Quem leu ou assistiu Germinal de Emile Zola, viu bem isto que aqui estou dizendo, depois da revolução, da quase total destruição da mina que fora o pivô de tudo, depois de morrerem soterrados dezenas ou centenas de mineiros, até os que já estavam aposentados voltaram ao trabalho numa manha fria e chuvosa. É claro que como disse sabiamente Simone Debauvoir, o opressor não teria tanto poder sem a ajuda do oprimido, um ditador não destrói uma nação sozinho, sozinho ele não é nada ou apenas um, e os seus comandados não são da mesma estirpe, são os oprimidos que por falta justamente do conhecimento crítico supracitado, o seguem massacrando sua própria classe a espera de alguma recompensa. Sancho Pança não seguia o Cavaleiro da Triste figura apenas por aventura, acredita que um dia seu senhor conquistaria alguma ilha e o deixaria como governador, como senhor; foi senhor de que o nosso sub-herói? Enquanto mandarmos nossos filhos para a escola estudar a fórmula de Bháskara e história de guerras inventadas e encomendadas continuar aceitando o que nos é imposto como agora o cerceamento da palavra e a conversa com os dedos; pagarmos para nossos filhos tudo que quiserem e pudermos em troca da amizade e do afeto, do comparecimento, do sair junto, de mostra que somos seus verdadeiros heróis, enquanto pagarmos sua educação sem sequer nos preocuparmos se ela existe, enquanto permitiremos que nosso filhos oprimidos resolvam  se humilharem em rolezinhos pelo menos para ver o que os usam os filhos dos opressores, ou tentar usa-los mesmo a força e contra a lei, feita por eles e jamais o contrário; nada muda, ou se mudar pode ter certeza que será para pior. Ontem vi aqui uma psicanalista política dizer que agora o que determina  essa eleição é o tempo de TV, onde as pessoas vão poder fazer seu juízo a respeito de cada candidato e fazer sua escolha; eu não fiz nenhum curso de comunicação, apesar de já ter assinado uma coluna num jornal semanal da cidade,; mas posso garantir de maneira peremptória que nenhum programa  de TV vai me fazer mudar o meu modo de pensar, a não ser que esteja totalmente alienado a respeito do assunto citado. É triste e avassalador, em pleno século 21, num país com 500 anos, jovem está certo, mas se falar numa elite instruída de dez ou 20 por cento. Em analfabetos funcionais chegando as Universidades e que aprovados no ENEM poderão ir estudar em Coimbra Portugal fundada em 1290. Com certeza serviremos de galhofa para quem conta piadas de portugueses. É triste ver e não somente tomar conhecimento através de livros e TV, que um país com 500 anos, como uma população de 200.000.00 de habitantes, mais de dois terços não passa de massa de manobra e que a verdadeira riqueza está dividida no máximo entre 20 famílias.

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