segunda-feira, 7 de março de 2016




Valeu a Pena pelo menos sonhar.
J. Norinaldo



Os sonhos devem nos servir de alerta e de ensinamento principalmente aqueles que conseguimos entender ou decifrar. Hoje tive mais um dos que com certeza foram uma aula para a vida que bem que gostaria de telo sonhado 50 anos atrás. Outro dia vendo fortunas monumentais, entre elas vi a do magnata da máquina de costura claro que no auge do sucesso, Senhor “Singer”, quem mandou construir um castelo em uma ilha se não me falha a memória no estado de New York US. E assim que ficou pronto seu monumental investimento para seu orgulho e conforto ele faleceu. E me perguntei: valeu a pena? Não sei! Hoje tive mais um dos meus sonhos lindos, conhecera uma família e nela dois amigos, um casal na verdade, dois belos jovens que me convidaram a conhecer as propriedades da família,  e nunca tinha visto nada tão belo, tudo era belo, verde e viçoso, lembro de uma plantação de melancia que só deve existir nesse neste meu sonho, as frutas davam em cachos como uvas, eram enormes e de um colorido especial, tínhamos que pisar por  cima delas por falta de espaço. A plantação se perdia de vista. Lembro-me de visto muito longe árvores muito altas e frondosas diferentes de tudo que já vira até então, tentava me aproximar para fotografar pensando numa capa de um livro futuro, mas não conseguia, pois entre a distancia entre elas ia encontrando sempre algo mais belo. Elogiava tanta beleza nunca vista antes, tanta grandeza e tanta fartura, sem no entanto sentir inveja ou qualquer outro sentimento que não fosse deslumbramento, quando apareceu um senhor já de certa idade que era o pai dos meus amigos, me convidando para conhecer alguma construções da sua propriedade, e mais um vez o deslumbramento tomava conta do meu já deslumbrante sonho. De repente, ele começou a me contar com certa melancolia o seguinte: Isto aqui já foi muito maior e mais belo, pensei comigo; impossível, maior poderia até ter sido. Mas, prosseguiu ele, em um fatídico ano, a colheita de tudo foi a mais farta, meu pai vendeu tudo e recebeu um pomposo cheque, na viagem de volta quando iria depositá-lo no maior banco do nosso país, seu carro tombou e se incendiou, e o cheque foi junto, mas o recibo assinado ficou com quem o pagou; tentaram ainda reaver o dinheiro, mas nada conseguiram então grande parte da propriedade teve que ser vendida para pagar o financiamento do banco. Fiquei admirado com a tristeza daquele home que tinha tanto como eu nunca vira ou sonhara que existisse. Porém ele lamentava mais por que tudo vinha pertencendo a sua família a séculos. Acordei, olhei a minha volta, vi um santo de argila e uma cruz de madeira com um Homem nela crucificado acima da minha cama, um pequeno rádio, um condicionador de ar comum e mais um ventilador, um guarda roupas comum e que guarda roupas comuns e minha mulher me acordando para tomar remédios e o café da manhã. Passei por uma mesa muito bonita que comprei e só uso em ocasiões especiais, isto é quando recebo visitas, sobre ela vi um envelope com exames feitos recentemente onde tudo está sob controle, nem sei se é assim, pois estou com o Colesterol, com valor de 110,8 Triglicerídeos com 103, 9 e o restante dentro dos valores normais. Tomei meus remédio, fiz meu desjejum com um pão dormido e uma pequena fatia de queijo e uma xícara de café com leite e ao invés de voltar para a cama aproveitado o fresquinho depois de um calor terrível resolvi escrever o meu sonho, talvez para que eu mesmo lia. E me perguntei o que é valer a pena. Chegando a brilhante conclusão em minha opinião que o orgulho é o colesterol da alma e a soberba o Triglicerídeo da vida; quiçá o que significa valer a pena, ou seja, tendo por final a vida, vale a pena viver? Construir um castelo com torres com 100 metros de altura, para quando pronto e morar para sempre num cubículo quiçá com dois ou três metros de comprimento, com no máximo cinco de altura?

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