Amizade.
J. Norinaldo.
Posso dizer que passei uma vida procurando dois amigos de
juventude, nos vimos a última vez em 1967 e consegui falar com os dois em 2010,
são irmãos e eu os considerava muito mais do que isto, muito mais mesmo, nem
tenho idéia do quando mais, eu os considerava meus amigos. Andei inclusive fora
do Brasil e quando ouvia alguém dizer que conhecia alguém com o nome de algum
deles, andei bastante sem nenhum
resultado, veio a Internet, e um dia uma amiga do Orkut me deu a boa e grande nova,
encontrara alguém que correspondia as
características do meu amigo, conseguiu um telefone, liguei e era ele. Nossa! É
bem difícil descrever minha emoção e a minha decepção ao falar com alguém que
parecia não me conhecer e fazer questão de frisar o tempo todo numa conferencia
da qual fazia parte; em fim, não morri, creio que aprendi alguma coisa, não
sei.
Estou escrevendo isto, exatamente por que faz mais ou menos
3º minutos, ou meia hora, que minha mulher trouxe o telefone até onde estou,
aqui na frente do micro, vendo minhas postagens no Facebook, e não me disse
quem era, quando atendi, era um amigo que há muito não aparecia ou ligava, nem
atendia nossas ligações; como estamos na melhor idade, não para mim, a idade do
Comdor, já pensava seriamente em não ver mais este amigo.
Interessante que durante nossa conversa, por várias vezes o
fluxo foi interrompido, e ele não fez questão nenhuma de esconder que estava
realmente emocionado; e pensei: já acreditava não ser mais capaz de causar este
tipo de comoção em alguém, até por que tenho tido algumas decepções com novas
amizades, ao ponto de reservar essa palavra para pessoas e ocasiões muito raras
e especiais.
Obrigado amigo, meu dia estava um tanto opaco, de repente
tudo começou a brilhar, e comecei a ver tudo colorido, a música a todo volume
na casa do vizinho que antes parecia uma tortura, tornou-se suave e de bom
gosto. Poxa, apenas um telefonema, imagine um abraço, aquela conversa a sombra
de uma árvore, algo tão simples, ou que parece simples, mas não é,
principalmente quando existe esta palavra mágica, poética, santa: “AMIZADE”.
Portanto, muito obrigado, mas, muito obrigado mesmo a você
que permite que eu te chame de AMIGO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário