domingo, 24 de fevereiro de 2013




Amizade.
J. Norinaldo.


Posso dizer que passei uma vida procurando dois amigos de juventude, nos vimos a última vez em 1967 e consegui falar com os dois em 2010, são irmãos e eu os considerava muito mais do que isto, muito mais mesmo, nem tenho idéia do quando mais, eu os considerava meus amigos. Andei inclusive fora do Brasil e quando ouvia alguém dizer que conhecia alguém com o nome de algum deles,  andei bastante sem nenhum resultado, veio a Internet, e um dia uma amiga do Orkut me deu a boa e grande nova, encontrara  alguém que correspondia as características do meu amigo, conseguiu um telefone, liguei e era ele. Nossa! É bem difícil descrever minha emoção e a minha decepção ao falar com alguém que parecia não me conhecer e fazer questão de frisar o tempo todo numa conferencia da qual fazia parte; em fim, não morri, creio que aprendi alguma coisa, não sei.
Estou escrevendo isto, exatamente por que faz mais ou menos 3º minutos, ou meia hora, que minha mulher trouxe o telefone até onde estou, aqui na frente do micro, vendo minhas postagens no Facebook, e não me disse quem era, quando atendi, era um amigo que há muito não aparecia ou ligava, nem atendia nossas ligações; como estamos na melhor idade, não para mim, a idade do Comdor, já pensava seriamente em não ver mais este amigo.
Interessante que durante nossa conversa, por várias vezes o fluxo foi interrompido, e ele não fez questão nenhuma de esconder que estava realmente emocionado; e pensei: já acreditava não ser mais capaz de causar este tipo de comoção em alguém, até por que tenho tido algumas decepções com novas amizades, ao ponto de reservar essa palavra para pessoas e ocasiões muito raras e especiais.
Obrigado amigo, meu dia estava um tanto opaco, de repente tudo começou a brilhar, e comecei a ver tudo colorido, a música a todo volume na casa do vizinho que antes parecia uma tortura, tornou-se suave e de bom gosto. Poxa, apenas um telefonema, imagine um abraço, aquela conversa a sombra de uma árvore, algo tão simples, ou que parece simples, mas não é, principalmente quando existe esta palavra mágica, poética, santa: “AMIZADE”.
Portanto, muito obrigado, mas, muito obrigado mesmo a você que permite que eu te chame de AMIGO.

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