segunda-feira, 19 de outubro de 2015




Eu Sou Pobre, Pobre, Pobre de Marré Deci!
J. Norinaldo



Quando eu era muito pobre, digo muito pobre bem mais do que sou hoje, descobri  em mim uma pobreza que não há riqueza que a consiga comprar; a certeza de escrever aquilo que me faz ir do homem mais  rico poderoso e forte, e não por ser pobre, ter  o gesto nobre de ler o que escrevi e chorar. Sorrir, pular e gritar como uma criança feliz, e para ser feliz uma criança precisa de tão pouco assim como eu louco, grito para mim mesmo, eu escrevi, eu que fiz. Pode até não ser nada, pode ter vários erros de grafia, mas assim como eu fazia quando nada tinha para ler, apelava apara a memória escrevia as minhas próprias histórias que na minha cama solitária lia.  O que seria? Loucura, poesia, fantasia? E por que tinha vergonha de mostra-las, e hoje mostro com orgulho e sem ter medo, de ser chamado de louco ou que alguém as jogue ao chão e as pisoteei; sabe  por que? Agora sei separar um não de um sim, que tenho que agradar primeiro a mim, mesmo que não agrade a mais ninguém;  mas não serei egoísta e mostrarei, sempre que puder mostrar para alguém. Continuo muito pobre, se nobre a mim não cabe jugar; como entre um vaso de argila e outro de porcelana, como um matuto de uma humilde vila e  um habitante de Barcelona; se o primeiro gostar daquilo que eu escrevo a ele eu devo o meu agradecimento, o meu reconhecimento, pois quiçá como eu fazia, quando sem ter o que ler eu escrevia como se fosse outro escritor, este matuto amanhã poderá ser um doutor e um grande amigo, e o habitante da metrópole um mendigo, pois a vida gosta muito de brincar. Ser pobre não me entristece talvez sentisse desgosto, vergonha e tapar o rosto, sem fosse totalmente desprovido do  Bom gosto, de ouvir alguém  uma bela poesia declamar, ou mesmo aplaudir de pé, ao ouvir cantar  Frank Sinatra, Celine Dion, Maria Bethânia, Fredy Mercury e Montserrat Cabalé. Isto seria pobreza, isto sim me causaria tristeza, mas ser pobre por falta de uma mansão, isto me faz rir e não chorar quero ter apenas onde morar pode ser uma barraca de lona e poder ouvir uma boa poesia e me deliciar com uma bela canção; por exemplo: “BARCELONA”.

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