quinta-feira, 22 de outubro de 2015




O Muro das Lamentações.
J. Norinaldo.



Se o mundo estivesse interessado nos temporais que você iria enfrentar e não na importância de trazer o navio a salvo ao cais, muita coisa teria que mudar neste próprio mundo, em primeiro lugar eu nunca soube de marinheiros nos dias de hoje e capitães de navios em tempo algum sendo caçados e levados arramados a bordo para comandarem Navios. Portanto existem centenas e quiçá milhares de profissões em  não se é necessário sequer conhecer o mar. Claro que muitas vezes escolhemos uma profissão por considera-la glamorosa, por vermos outros nela fazendo sucesso e na realidade nos deparamos com outra verdade.; e ai colocamos a culpa em alguém. Conheci pessoas desesperadas por um emprego passando inclusive necessidade, formado e com uma profissão de estatutos,  tendo inclusive participado de maneira ativa para encontrar e influenciar através de amizades em um emprego para o mesmo, que no momento só faltou se ajoelhar a minha frente agradecendo de mãos postas; seis meses depois está com a mesma empresa a quem o recomendei e de certa forma me responsabilizei indiretamente, na Justiça e dizendo aos quatro ventos que aquilo não é trabalho;  que não foi para isto que se formou. Com razão talvez, eu mesmo não escolhi o que queria ser, não estudei o suficiente para ser o que queria, pude chegar apenas onde podia; mas nunca disse que fui obrigado a ser o que não queria; as vicissitudes da vida e o meu próprio desempenho me levaram até onde eu podia ir, inclusive enfrentando tempestades sem que o mundo estivesse interessado. A não ser aqueles que como eu estavam no mesmo barco. Tenho a impressão que a vida te diz como é o mar é como é o continente, nem todos sabem fazer um barco, nem todos sabem remar ou pilotar um navio, é glamoroso posar um Boeing e depois  atravessar o salão do aeroporto seguido por belas comissárias e aeromoças, o mesmo não acontece quando existe uma falha e a aeronave é sinistrada; o mundo que esperava esta chegar sã e salva chora e culpa alguém que já não tem como se defender. Em fim a vida não obriga ninguém a nada, sequer a viver, agora o muro das lamentações existe, mas nem só lá é permitido se lamentar. No meu entender vale para qualquer um.

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