sexta-feira, 19 de agosto de 2011


Doutor é Doutor em Qualquer Lugar?

J. Norinaldo.

A Folha publicou o resultado do Ranking das 500 melhores universidades do planeta, feito pela Universidade de Jiao Tong de Xangai China. A melhor colocada do Brasil, é universidade de São Paulo 101-150.

Tive a curiosidade de verificar que quase todas as universidades bem colocadas têm prédios antigos e austeros, nenhuma novidade sabendo que são antigas casas de ensino, disse quase todas, por que a Universidade Federal do Rio de Janeiro tem o porte dessas citadas antes, deve ter sido construídas por ingleses, o prédio. Colocação: 301-400.

U que me pergunto é o seguinte: alguém que se forma numa faculdade brasileira, por exemplo, que sequer aparece nessa lista, tendo oportunidade de se encontrar com um recém formando de Harvard, Oxford ou Stanford, deverá chamá-lo de doutor, ou simplesmente considerá-lo colega de igual para igual.

Não tenho diploma universitário e alguém que me conheça pode pensar ser esse o motivo da minha pergunta, caso fosse formado por qualquer faculdade do interior me calaria, ledo engano, sempre tive essa preocupação em ter essa resposta. Claro que citei os prédios austeros e históricos ingleses e americanos, colocados nos dez primeiros lugares, por simples curiosidade, sei que não é prédio que faz a Universidade, mas sim, bons professores e resultados, não mereço nenhum prêmio Nobel por esta teoria.

Uma vez, conversava com um jovem, filho de um amigo, recém formado em odontologia, falávamos sobre um acidente em que o embaixador da Geórgia atropelara alguém, se não me falha a memória um (a) brasileiro e estava sendo processado. Quando esse jovem disse: Que milagre, americanos querendo processar outro americano por atropelar um brasileiro. Tomei um susto. Americano? Contestei dizendo que o embaixador não era americano e sim da Geórgia, que era outro país. O rapaz alterou a voz dizendo: Tio, será que só o senhor sabe de tudo, sou um doutor, a Geórgia é um estado americano.

Tentei explicar que sabia do estado americano, mas que se tratasse desse, o mesmo não teria um embaixador em seu próprio país, terminamos apostando um churrasco. Durante a comilança, o doutor me procurou dizendo: Realmente o senhor estava certo, mas tenho que entender mesmo é da minha profissão e nisso sei que sou bom.

Concordo filho, respondi. Agora se estiver um dia ante sala de um dentista, e ouvi-lo afirmar o que discutiu comigo, posso te garantir que vou cuidar dos dentes noutro lugar.

Outro dia, estava num cassino na Argentina, e conheci um médico brasileiro, e este falava de suas visitas profissionais aos Estados Unidos, surgiu então o papo de que os americanos deram a opção aos porto-riquenhos de escolherem, ficarem como estão, ou passarem a ser o 31º estado americano. Pensei comigo: O que será que o doutor fez com 20 estados americanos? Trocou-os por Porto Rico?

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