domingo, 16 de novembro de 2014



O Poder do Bulling.
J. Norinaldo.

Sabia lá eu o que era isto há 56 atrás, não conhecia o nome, mas senti seu poder por toda vida, isto é até hoje. Certa vez em Cachoeirinha a vila em que morava e amava havia uma Escolinha Encantada por nome de “Escola Típica Rural” ficava fora da vila, para mim muito longe por causa é claro dos meus pequenos passos que deixavam na poeira do caminho as pegadas as alpargatas compradas na feira. Como não havia divisão entre ricos e pobres, naquela escola estudava todas as classes, ma minha era a mais baixa com certeza. Um dia D. Joana Francisca da silva, D. Joaninha levou uma sanfona e na hora do recreio, ou não teve aula nesse dia, ela fez uma festinha, uma espécie de baile, havia entre a sala de aula e a casa de Bolô que zelava pela escola, um espaço que usávamos para brincar e ali foi o tal baile para mim inesquecível e marcante. Quem sabia danças bem ou mal saiu dançando, eu fiquei lá no meu canto, quando de repente uma menina muito bonita, que ainda mora em Cachoeirinha, se tiver lúcida e espero que esteja e venha a se lembrar disso, pode vir a dar boas risadas, pois bem, ele chega e me tira para dançar. Ora, eu nunca dançara e nem nunca prestara a atenção em ninguém dançando, a não ser ficar olhando para Irene de Amaro Moita que já era uma mocinha e muito bonita dançando com alguém que não gosto até hoje, por outros motivos. Bem a menina abriu os braços, e saímos não dançando, eu pisando os pés dela do modo mais desajeitado possível, ela foi até onde deu para aguentar e como não poderia deixar de ser, me largou no meio do salão. Todos riram, crio que só D. Joaninha não o fez. Isto deve ter acontecido por volta de 1955 1956, estamos em 20014 e nunca mais na vida eu dancei nem de brincadeira, minha mulher também não dança, mas as vezes em festinhas na casa das imãs muitas vezes tentaram nos ensinar, ou mesmo em lupanares no Brasil ou no exterior eu tentei tal aventura. Sempre que era e sou obrigado a ir a um baile de casamento ou formatura, aquela cena dos meninos e meninas rindo de mim aparece tão viva como se acontecesse naquele momento. N a Última formatura que fui, tive que procura um local escondido, pois não cosegui conter as lágrimas. Interessante que nuca tive ódio de quem riu de mim, mas sim da minha covardia por não ter tentado e me tornado um grande pé de Valsa. Para isto bastava vontade e um hesitante, como disse All Pacino a Moça que convidou a dançar com ele um tango, que por sinal  é composição de um brasileiro, Alfredo Lepera; “Por  Uma Cabeça” e ela lhe diz: mas meu noivo chega num instante; no que ele responde: “Mas, pode-se viver uma vida num instante”. Caso essa pessoa viesse a ler isto e se lembrasse, com certeza viveria uma vida num instante. Tive uma namorada que era professora de dança de salão, não sei dançar até hoje.


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