Biducha, O general que Temia A Guerra.
EU há muitos anos, escrevi
comecei a escrever um romance que não terminei, mas vou procura-lo ou reescrevê-lo
sobre um grande amigo da minha infância que agora tantos depois venho a saber o
seu verdadeiro nome assim como sei que morreu sem saber o me. O romance
intitulava-se “Biducha o General que temia a guerra” Biducha nunca foi General,
sem sei se serviu o Exército, mas quando éramos meninos sonhávamos muito
juntos, sentados no batente da sua casa ou em alguma esquina falávamos do futuro,
um futuro muito diferente do que realmente aconteceu; eu entrei para as Forças Armadas
como fuzileiro Naval e lá fiquei 31 anos, infelizmente não participei da guerra
tão temida por Biducha, pois enquanto sonhávamos ir para Recife ou são Paulo
criarmos uma grande empresa a conversa ia bem animada , quando de repente era
interrompida por ele perguntado assustado: “E a guerra”? como se esta fosse uma
coisa obrigatória da qual não pudéssemos fugir. Sai de Cachoeirinha em 1959, ia
completar 13 anos e creio que Biducha
deveria ser da mesma idade, voltei a Cachoeirinha em 64, ainda vi meu
amigo e depois já com 17 anos e ele que me lembre não falou nada sobre a guerra;
em 1966 já visitei Cachoeirinha fardado de fuzileiro Naval e não vi mais meu
amigo, que se por acaso me visse teria com certeza a lembrança do grande e
triste conflito armado pelos homens e que ceifa vidas e destrói família em
tantas partes do mundo.
Agora, com advento da Internet e
principalmente as redes Sociais temos a felicidade, muitas vezes a tristeza de
acordar cedo abrir o FACEBOOK e a primeira postagem que ver é o retrato de um
amigo como me aconteceu hoje. Dois amigos que na verdade não conheço Edvanil
Ferreira de Moraes que não conheço pessoalmente, mas que é meu amigo desde os
tempos Orkutanos, e Claudio Omena, que conheço toda família, me manda essa
relíquia uma foto de Biducha, “O General que Temia a Guerra” Estive novamente
em Cachoeirinha faz uns 8 ou anos, mas minha querida e saudosa mãe já havia me
avisado o falecimento do meu amigo, afinal encontrei bem poucos, daqueles com os
quais brinquei e fizemos nossas traquinices por estas bandas, com Zé Guirra,
Valdinho, Luiz de D. Dodo. João de Pedor Jovem.
Mais uma vez quero agradecer
imensamente a esses amigos que mesmo Deus ainda não tendo permitido nosso
encontro pessoal, tenham a bondade, a generosidade de se preocupar em encontrar
algo assim e me enviar, Claro que se não tivesse digitando, veria manchas no
papel, que são lágrimas de saudade, esta dor que parece não doer, mais dói muito
mais que mil ferroadas de vespas. Que Deus esteja sempre com vocês e aqueles
que lhes são caros, e que lhes de felicidade e longevidade, para que continuem a
serem bons como são, parece um gesto simples mas, não, pelo menos para mim.
Hoje sempre que ouço ou vejo nos
jornais histórias e noticias de guerras aqui e ali, sempre tenho uma grande
tristeza não só pela guerra em si, mas a lembrança daquele que não verei mais,
não terei mais chance de abraçar, a não ser em sonho, mesmo que ele me
pergunte pela guerra.
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