segunda-feira, 29 de setembro de 2014



A Minha, a Tua a Nossa Poesia.
J. Norinaldo



Eu conheci uma moça muito bonita que se algum rapaz quisesse ficar em baixa com ela era só dizer que não sabia dirigir; ela dividia o universo masculino em duas partes: Os que dirigiam e os que não; por sinal ela dirige muito bem, certa vez antes de um exame prático para motoristas ela pediu-me emprestado um Passat que eu tinha para ajudar um amigo no exame de Baliza, e quando os instrutores foram almoçar, eu levei o carro até o local e a vi fazer as manobras e realmente fiquei maravilhado. Dirigir eu até dirijo, ainda bem que ela não me pediu nenhuma demonstração de baliza. Bem na terceira vez seu amigo encostou o carro de maneira correta, repetiu isto mais umas vinte para ter certeza, era a terceira vez que tentava, passou e deve muito aquela bela mato-grossense. Estou contando isto, porque é claro que isto era uma mania dela. Ninguém é obrigado a fazer tal tipo de coisa porque a maioria faz, é lógico, eu pelo menos não sei pilotar uma moto,  mas, uma amiga aqui no Face me mandou uma mensagem mais ou menos assim: Olha, eu nunca gostei de poesias, mas lendo uma sua aqui, fui gostando e fui indo até que cheguei ao fim; não se iluda, sempre que vejo algo seu leio porque para mim mudou um pouco a mesmice, flores, amores, beijos ardentes e cheio de estrelas, não se muda nem o modo de escrever. E ai foi minha vez de descobri que também tinha certo complexo como a bela morena pantaneira que todo homem tem que saber dirigir; no meu caso, que toda mulher gostasse de poesias, não das minhas, de todas as poesias, de todos os poetas. Não é bem assim! Hoje eu sei disto e o pior, o universo de quem realmente gosta é bem pequeno. Dos homens que sabem dirigir é bem maior, pode acreditar. A minha poesia me agrada, mas não é só ela, eu comecei gostando e por fim amando a dos outros, principalmente a primeira com que tive contato: o cordel nordestino, por isto por mais que pareça me afastar dele, jamais negarei que sou cria sua. Mesmo que seja algo simples, cantado na feira, na calçada ou na rua, tem tudo da Poesia, minha, da nossa ou da tua. Aprendi ou penso que aprendi dirigir muito cedo, 13 ou 14 anos, como supracitado nem sei se aprendi ainda. Dedico este texto aquela Bela Pantaneira  que me disse se chamar Vera, dirigir como poucos sei que dirigia, esqueci de perguntar se gostava ou não de Poesia.

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