segunda-feira, 29 de setembro de 2014



Curtir Sem Ler é Mentir sem Ver.
J. Norinaldo.



Mais uma historinha do Face. Um amigo me perguntou se eu acreditava que as pessoas realmente liam tudo que escrevo e aqui posto, as vezes são longos textos e caso não seja realmente interessante já no começo a maioria até curte, mas ó por curtir; um amigo jornalista me ensinou a dividir em várias partes pois isto facilita a leitura  e é o que atualmente faço. Bem a minha resposta deve ter soado estranho ao meu amigo, eu lhe disse que realmente não me preocupava, porque na verdade o que gosto mesmo é de escrever. , e lhe contei uma pequena e talvez triste história real. Estudei num colégio interno, onde não havia uma Biblioteca, certa vez fora do colégio encontrei um grande livro, dentro de uma poça de lama, tinha capa e contra capa, apanhei-o e  pelo jeito tinha começo, meio e fim. Robin Hood Clássico foi que me disseram depois. Peguei aquele livro agonizante e levei para o colégio, coloquei-o para secar e ele diminuiu um pouco é claro, estava encharcado quando o achei, e todas as noites até as 10h00 quando as luzes eram apagadas, eu lia uma parte daquela obra. Com certeza o aquele livro continha o vírus da leitura que ficou no meu sangue inoculado, porque quando cheguei ao final, senti-me quase como um viciado sem seu vício, lia tudo que via e que podia, até panos de pratos pendurados em varais. Um dia tive uma ideia, falei com um colega que trabalhava na tipografia, não sei seu nome, chamávamos o mesmo de Guaçuí, pois bem, que me guardasse e grampeasse os recortes sobras de papel, e ali no tempo vago escrevia minhas próprias histórias para ler a noite; isto durou muito tempo, até que chegou ao colégio uma Assistente Social, Julinha, uma morena muito bonita, toda mulher era bonita ali, pois só tinha menino, mas ela era mesmo.  Pois bem, Julinha descobrindo minha loucura por leitura, começou a pedir aos vizinhos e amigos, livros velhos e revistas, saiu antes de mim dessa organização, mas quando sai tínhamos mais de 3000 livros, numa organizada biblioteca, não por mim, disse que gostava de ler, organização nunca foi e ainda não é o meu forte. Na verdade primeiro li o que me davam para ler, depois que sai e tive meu dinheiro, passeia a ler o que queria, a ter a minha própria Biblioteca, que tempos depois passei a condenar ter livros já lidos em casa enfeitando uma estante, enquanto outros iguais a mim, loucos para ter algo para ler e não tem. Aqui na cidade já arranjei mais de 1000 livros e entreguei a prefeitura para distribuir pelos colégios, ultimamente levei uma caixa para o hospital para a ala das pessoas dependentes químicos, não mereço nenhum elogio por isto, apenas aconselho a quem tem livros em casa tomando espaço, procure que sempre tem alguém esperando com um espaço especial para eles. Isto se você chegou a ler o meu texto, senão, pode ter certeza que ele não seu perdeu totalmente. Eu o li.

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