Curtir Sem Ler é Mentir sem Ver.
J. Norinaldo.
Mais uma historinha do Face. Um
amigo me perguntou se eu acreditava que as pessoas realmente liam tudo que
escrevo e aqui posto, as vezes são longos textos e caso não seja realmente
interessante já no começo a maioria até curte, mas ó por curtir; um amigo
jornalista me ensinou a dividir em várias partes pois isto facilita a
leitura e é o que atualmente faço. Bem a
minha resposta deve ter soado estranho ao meu amigo, eu lhe disse que realmente
não me preocupava, porque na verdade o que gosto mesmo é de escrever. , e lhe
contei uma pequena e talvez triste história real. Estudei num colégio interno,
onde não havia uma Biblioteca, certa vez fora do colégio encontrei um grande
livro, dentro de uma poça de lama, tinha capa e contra capa, apanhei-o e pelo jeito tinha começo, meio e fim. Robin
Hood Clássico foi que me disseram depois. Peguei aquele livro agonizante e
levei para o colégio, coloquei-o para secar e ele diminuiu um pouco é claro,
estava encharcado quando o achei, e todas as noites até as 10h00 quando as
luzes eram apagadas, eu lia uma parte daquela obra. Com certeza o aquele livro
continha o vírus da leitura que ficou no meu sangue inoculado, porque quando cheguei
ao final, senti-me quase como um viciado sem seu vício, lia tudo que via e que
podia, até panos de pratos pendurados em varais. Um dia tive uma ideia, falei
com um colega que trabalhava na tipografia, não sei seu nome, chamávamos o
mesmo de Guaçuí, pois bem, que me guardasse e grampeasse os recortes sobras de
papel, e ali no tempo vago escrevia minhas próprias histórias para ler a noite;
isto durou muito tempo, até que chegou ao colégio uma Assistente Social, Julinha,
uma morena muito bonita, toda mulher era bonita ali, pois só tinha menino, mas
ela era mesmo. Pois bem, Julinha
descobrindo minha loucura por leitura, começou a pedir aos vizinhos e amigos,
livros velhos e revistas, saiu antes de mim dessa organização, mas quando sai tínhamos
mais de 3000 livros, numa organizada biblioteca, não por mim, disse que gostava
de ler, organização nunca foi e ainda não é o meu forte. Na verdade primeiro li
o que me davam para ler, depois que sai e tive meu dinheiro, passeia a ler o
que queria, a ter a minha própria Biblioteca, que tempos depois passei a
condenar ter livros já lidos em casa enfeitando uma estante, enquanto outros
iguais a mim, loucos para ter algo para ler e não tem. Aqui na cidade já
arranjei mais de 1000 livros e entreguei a prefeitura para distribuir pelos
colégios, ultimamente levei uma caixa para o hospital para a ala das pessoas dependentes
químicos, não mereço nenhum elogio por isto, apenas aconselho a quem tem livros
em casa tomando espaço, procure que sempre tem alguém esperando com um espaço
especial para eles. Isto se você chegou a ler o meu texto, senão, pode ter
certeza que ele não seu perdeu totalmente. Eu o li.
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