domingo, 3 de julho de 2011


Messi ou Neymar?

J. Norinaldo

Vamos fazer o e seguinte: um argentino que conhece o futebol do Messi, mas no momento se encontrava perdido numa ilha conversando com uma bola de futebol, é resgatado e vai assistir a Copa América, primeiro jogo que consegue ver é Brasil e Venezuela. E ai alguém lhe aponta em campo o jogador brasileiro Neymar e avisa, este é que tomar o lugar do Messi como melhor do mundo. E ai, o coitado do recém resgatado, acostumado a conversar apenas com a velha bola que ninguém sabe como diabo foi parar naquela ilha, pensa consigo mesmo, vou grudar nele, não será difícil, pois tem uma vassoura na cabeça. O jogo rola e lá pelos quarenta e três do segundo tempo, o pobre ilhado toma um susto: Po! Meu, esqueci do cara da vassoura. Na verdade só viu o craque brasileiro na hora que seu amigo o apontou em campo. Com esse futebolzinho não dá garoto.

Gol feio não vale. Tem que ter antes pelo menos três firulas, ai sim. Se é para fazer gol comum, coloca outro, não esperem isto de mim, deve pensar o Neymar, Robinho; o técnico retirou de campo o único jogador de frente que jogou, o Pato, deixou o Ganso que durante todo jogo tentou se encontrar em campo, e eu também tentando encontrá-lo e não consegui.

Lembro-me de um campeonato carioca em que o Flamengo armou um super time, entre os cobras, Romário Edmundo e mais outros, os jornais mostravam os outros times armando barricadas, cercas eletrificadas, tanques de guerra para deter o novo ataque flamenguista, o Fluminense foi campeão com um gol de barriga do Renato Gaúcho; gol feio, mas valeu um título.

Jogando esse futebol da estréia contra a Venezuela, e para fazer uma comparação com o Messi, vamos ter que além de Neymar, empenharmos a granja toda. Quem sabe foi a pressão da estréia, e o técnico disse que já não existe mais galinha morta, acho que existe sim; é só continuar assim.

A impressão que tive nesse jogo especificamente, é que o Messi no banco da argentina, perturba mais o adversário que o nosso Neymar em campo, nesse jogo eu disse, e não me arrependo. Não sou rico, não tenho lareira na sala, e o frio aqui no sul não está fácil, para ficar tremendo de frio e de raiva diante da telinha, até o Galvão deve ter saído mais frustrado por não gritar seu jargão favorito: Vai pra cima dele Neymar, do que com o resultado de OXO.

Estou torcendo contra eu mesmo, para que no próximo texto, se Deus quiser, possa pedir desculpas aqui mesmo. Se não o fizer, vou me preparar para também se Deus assim permitir que veja a Copa de 2014, está pelo menos preparado para mais uma decepção.

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