sexta-feira, 24 de junho de 2011



Hilário se não fosse verdade. Será?

J. Norinaldo.

Há poucos dias, li uma reportagem do New York Times e aqui mesmo comentei, sobre o Kit Suicídio de Sharlot Hydorn, um aparato simples, mas que devia funcionar. A polícia americana apreendeu vários deles para pronta entrega em vários países. Como seria a propaganda de tal negócio? “Caso esteja passando por grande dificuldade, e queira mandá-la a merda, adquira um Kit Sharlot e obtenha rápida solução; pagamento a vista, é claro”.

Um tanto mórbido fazer piada com tal empreendimento, mas o ser humano é realmente difícil de ser levado a sério. Agora leio que aqui no Brasil, uma advogada paulista encomendou a própria morte a bandidos profissionais, que também devem ter suas maneiras de agir. Imaginemos a conversa entre o contratante e o contratado para o macabro mister: _Bem, o preço é RS 20.000,00, a senhora escolhe o local, e o modo como deseja o serviço, pagamento adiantado. A verdade é que nunca morri antes e não tenho nenhuma experiência, quem sabe o senhor pode me dar algumas sugestões. Pelo jeito, mesmo assim, levaram um calote, receberam apenas 10 por cento do acordado. Não entendi, se não receberam todo o dinheiro combinado, por que cumpriram o trato a risca ateando fogo ao carro da vitima, talvez por medo de serem considerados ladrões. Complicado não?

O que leva uma pessoa que quer se matar, a envolver outros, que na verdade apesar de criminosos, talvez nunca tivessem matado ninguém, ou quiçá, tão ignorantes a ponto de pensar que se a pessoa realmente quer morrer, não há nenhum crime em satisfazer o seu desejo? Pode ser que esta pessoa sendo uma advogada, que talvez não tenha conseguido nenhuma fama, sabia que se suicidando seria falada ou divulgada em algum cantinho de jornal e logo seria esquecida, assim não, sairia em todos os jornais, já que não é normal ninguém pagar para ser morto a tiros. No Brasil, muito inocentes que dariam tudo que tem e até o que não tem para continuar vivendo, são assassinados rotineiramente por bandidos pelos motivos mais banais, já virou rotina e gratuitamente. Aliás, essa senhora sendo paulista, poderia simplesmente dar umas voltas de carro pela Crakolandia a noite, sem dinheiro.

O mundo deve se ligar mais a pessoas depressivas, esta advogada preferiu encomendar a própria morte, mas na verdade e algumas pessoas portadoras de tal patologia, podem se tornar verdadeiras bombas, como foi o caso do atirador do Colégio de Realengo no Rio de Janeiro, vai, mas antes leva bastante não depressivo com eles. Afinal o que sabemos do que se passa na cabeça de um depressivo?

Sei que estou escrevendo mais uma bobagem, por aqui depressão é doença ou frescura de ricos, pobres não tem direito nem tempo para chiliques, e dinheiro para aparelhar bem a nossa saúde pública também não temos, agora para implodir estádios de futebol e fazer novos, isto sim, brota da terra.

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