quarta-feira, 25 de maio de 2011



No Vietnã, consumo de ratos ajuda a reduzir pragas no campo
J. Norinaldo.

Outra noite levantei para ir ao banheiro, lá chegando notei que uma aranha que insiste em armar sua rede bem próximo a janela, havia pescado algo, era um inseto, não sei qual, mas notei que a presa era bem maior que o predador. O bicho se debatia nas malhas, cada vez se enrolando mais, enquanto isto a aranha em grande velocidade costurava com mais linha em volta para que sua presa não escapasse. Não pensei duas vezes, peguei uma pequena vassoura e livrei a presa da rede. Não é a primeira vez que faço isto. Depois fiquei pensando se não agira errado, pois afinal a aranha precisa se alimentar para viver. Assim como nós humanos matamos para comer, sabendo que poderíamos nos alimentar sem carne, já que tantos assim procedem.
Resolvi na madrugada escrever este texto, depois de ver algumas noticias interessantes na Internet. Cadela alimenta dois filhotes de tigres, cadela adota 30 pintinhos, no Vietnã, consumo de ratos ajuda a reduzir praga no campo. Não faz muito, aqui mesmo, nesse mesmo espaço vi noticias como: mãe joga filho recém nascido numa caçamba de lixo dentro de uma sacola plástica fechada. Mãe tem filho no banheiro de hospital e deixa-o no cesto de lixo, que paradoxo não?
A cadela que amamenta os pequenos tigres, o faz por não pensar, se humano e pensante fosse, saberia que depois de crescidos, seus filhos adotivos na primeira chance a devorariam, como não fazem parte dos seres privilegiados, isto é pensantes, agem por instinto segundo os estudiosos. Seria mesmo um privilégio pensar?
Sobre a aranha, contei a um amigo minha aventura e fui severamente censurado: você não deve fazer isto, a natureza é sábia e não precisa da nossa interferência. Talvez não precise realmente da minha interferência, quanto à sábia, tenho minhas dúvidas.
Morei por 14 anos no coração do Pantanal em MS, e sei que porcos de casa que devidos as enchentes fogem para o mato, e são muito deles na região, tempos depois quando caçados, nota-se que sua dentição mudou, para pastar, nesse ponto acredito na sapiência da natureza.
Certa vez li em algum lugar, que uma certa sociedade antiga e já extinta, muito celebrada como avançada, seus sacerdotes viviam redondos de gordos, sua alimentação a carne humana dos sacrifícios, geralmente meninas jovens e virgens. E eu pergunto: onde está o avanço?
Sabe-se que existem nações onde se come cobras, aranhas e agora ratos, da maneira que a população do mundo cresce desordenadamente, aqui no Brasil incentivada por bolsas disso e daquilo, será que não chegaremos ao ponto de copiarmos aquela sociedade avançada e voltarmos ao sacrifício humano para poder alimentar a população produtiva do planeta. Pelo menos já sabemos quem seria sacrificado tendo a carne pendurada no mercado. Acho que não, não chegaremos a tanto, pois enquanto no Vietnã se come ratos, aqui temos mais bois do que gente. Mas como dizem que achar pode ser a mãe de todos os erros, posso muito bem está dizendo bobagem, o que, aliás, não é nenhuma novidade. Enquanto, no entanto me derem o direito de dizê-las, por aqui estarei, escrevendo o que penso que sei.
Em minha opinião, a natureza é bela, mas também cruel e violenta, alguns dizem que Deus é a natureza; se assim for, precisamos orar por ele. Em minha opinião, o Deus que amo e respeito, não é.

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