quarta-feira, 25 de maio de 2011



Somos o que Pensamos Ser?
J. Norinaldo.

Grigori Yakovlevich Perelman, matemático russo, conhecido por ter resolvido um problema centenário, a conjectura de Jules Henry Poincaré, que estimou que, de forma simplificada, qualquer espaço tridimensional sem furos seria equivalente a uma esfera esticada. Pois bem, o matemático russo ao resolver tal problema, foi premiado com a quantia de um milhão de dólares americanos; que recusou receber alegando que tinha tudo o que precisava. Verificou-se, no entanto que este russo morava num apartamento sem móveis, apenas com uma mesa e dois banquinhos, um lençol deixado pelos antigos moradores do apartamento que em que vive,rodeado de baratas. Sequer recebeu os jornalistas que foram entrevistá-lo. Já escrevi um artigo sobre este cidadão onde descartei totalmente a possibilidade por mais remota que fosse de exercer no Brasil um cargo público; por que acredito não precisar explicar aqui.
Agora vejo nas notícias o falecimento da milionária americana Huguette Clark Gower aos 104 anos, há 20 internada num hospital nova-iorquino, onde foi parar por conta própria e sem nenhuma doença grave segundo os jornais americanos. Antes, porém já vivia enclausurada numa mansão da Quinta Avenida em Manhattan, repleta de obras de arte.
Quem sabe mais um mistério, agora não matemático, e talvez fuja da alçada do russo Parelman. Não sei, não vi nenhuma foto da milionária quando jovem, se era bela, costumo dizer que uma mulher bela morre duas vezes, uma como todos os mortais, e a outra quando descobre a primeira ruga. Não sei se este foi o caso da Sra.. Huguette. O que sei e isto isto qualquer analfabeto resolve, é que caso não possuísse a quantidade de Dólares e propriedades valiosíssimas, jamais ficaria tanto tempo internada. Uma verdadeira galinha dos ovos de ouro. Como segundo os jornais se recusava a receber visitas de amigos e parentes, sinceramente me deixa uma dúvida, e quiçá a mais alguns excêntricos velhos milionários. 104 anos, é uma invejável caminhada por este mundo. Portanto num hospital de luxo pode-se muito bem se esticar a estadia aqui na terra, desde que se tenha muito dinheiro. Será?
Ou seria Huguette Clark Gower, seguidora do Imperador Constantino, segundo muitos historiadores, sua magestade era seguido sempre por um padre, para se converter ao Cristianismo na hora final, no caso dela, talvez o contrário: o medo de ser surpreendida pela morte. Isto não há dinheiro no mundo que compre, pelo menos por enquanto.
Uma pergunta aqui pra nós brasileiros: Será que um paciente do SUS, ficaria tanto tempo vivo num hospital?
Sei lá. Tanto o caso de Parelman, como dessa senhora, acredito que nos leva a pensar sobre os subterrâneos da mente humana. Será que somos realmente o que pensamos que somos?

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