sábado, 7 de maio de 2011


O Açougue e o Mercado.

J. Norinaldo.

Outro dia, um sábado, acordei cedo e estava verificando minha caixa de correspondência, quando notei várias pessoas na rua, todas bem vestida e arrumada, cada uma com uma Bíblia na mão e alguns outros livros mais finos na outra. Notei o senhor que deveria ser o chefe do grupo, que juntamente com outro conversava com meu vizinho da frente. Vi quando três mulheres se aproximaram, o que parecia o chefe dirigiu-se a elas e o ouvi dizer claramente: Peguem a primeira casa da esquerda, até a nona, avisem a não ouvi o nome, que o grupo dela se encarregue da direita, que daí para cá eu e os outros nos encarregaremos. Fiquei parado no portão, e por curiosidade por a minha casa era a décima, sabia que seria um dos homens a visitar-me-, já não gostei muito, apesar de já serem senhoras de idade e com aspecto muito sérios.

Peguei uma cadeira e um jornal e comecei a ler, sempre atento aos visitantes, o certo é que toda minha rua que não é tão grande foi visitada, menos a minha casa. Por quê? Fiquei intrigado com a discriminação, procurei algum símbolo que pudesse espantar os visitantes e nada. Passaram-se alguns dias e encontrei um velho conhecido conversando com aquele que parecia ser o líder, esperei que se separassem e entabulei uma conversa com este amigo, até que entrei no assunto religião. Perguntei-lhe se também às vezes saia batendo as portas levando a palavra de Deus, e ele respondeu que sim. Narrei-lhe o fato ocorrido comigo e para minha surpresa ele me disse: Cara, o negócio é o seguinte, queremos resultado, por isto mesmo sabemos onde bater sabemos quem és e o que pensas, lemos tua coluna no jornal, portanto sabemos ser perfeitamente impossível te convencer de alguma coisa, e ainda corremos o risco de manda alguém a tua porta numa sábado pela manhã e este voltar totalmente convertido, também temos nossos serviços de informações.

Interessante disse eu: Sempre acreditei que em casos assim, deveria haver maior empenho e aquele que consegue converter alguém antes considerado inconversível, seria promovido e passaria a gozar de certas regalias, assim como em qualquer tipo de empresa.

Mas não somos uma empresa, ai você está enganado, somo um grupo que prega e espalha a verdade deixada por Jesus Cristo, não recebemos salários, não temos férias, sindicato, nada disto.

E para que serve então o dinheiro arrecadado? E que sabemos não é pouco.

Justamente para pagar os meios que divulgam o nome Dele. Para que ele possa nos ajudar agora de depois da morte.

É verdade, por falar nisso, outro dia fui ao teu açougue, onde sempre vendia aquela lingüiça caseira muito gostosa, e o encontrei fechado.

É que agora abri um super mercado longe dali. Viu ? Foi com a ajuda Dele.

Claro! Respondi.

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